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23/04/2019 - 13:27

Locatelli afirma que facções criminosas lavam dinheiro em postos de combustíveis em MT

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta terça-feira (23), o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, afirmou que o Comando Vermelho usaria postos de combustíveis para lavar dinheiro oriundo de práticas criminosas em Mato Grosso.

Ele revelou que os empresários do ramo de combustíveis têm enfrentado dificuldades para disputar mercado com membros da organização criminosa. O motivo seria a facilidade que os criminosos encontram para esconder produtos e sonegar impostos no segmento econômico. De acordo com ele, em São Paulo existiriam mais de 150 postos de combustíveis operados pelo PCC – Primeiro Comando da Capital – e que, inclusive, existiria a prática de cartel na capital paulista.

Locatelli revelou que em Cuiabá são três ou quatro postos comandados por essas facções, mas preferiu não entrar em detalhes por questão de segurança. O empresário ainda criticou a postura do Ministério Público do Estado (MPE) com relação à tabela de preços no comércio de combustíveis. Isso porque o órgão conseguiu na Justiça fixar a margem de 20% de lucro sobre a venda, trazendo uma competição desigual com àqueles postos que pertenceriam às facções.

A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal foi instalada em fevereiro deste ano. Esta é a terceira criada para investigar mesmo o tema, nos últimos cinco anos. Estima-se que Mato Grosso perderia R$ 3 bilhões todos os anos por conta da renúncia fiscal e das sonegações.
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