O pedido de impeachment dos ministros Gilmar Mendes, Dias Tofolli e Alexandre de Moraes, será protocolado esta semana no Senado Federal, devendo chegar, logo em seguida, às mãos do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Inicialmente o pedido de afastamento era direcionado apenas para os ministros Dias Tofolli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e Alexandre de Moraes. Contudo, devido ao forte apoio que passou a ter, o pedido alcançou Gilmar Mendes.

A solicitação do impeachment dos três ministros é de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que teve o apoio de muitos colegas, entre os quais os senadores Luis Carlos Heinze (PP-RS), Marcos Do Val (Cidadania-ES), Fabiano Contarato (Rede-ES), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Jorge Kajuru (PSB-GO). Este último foi um dos que pediram a inclusão de Gilmar Mendes. Kajuru fez severos pronunciamentos no Senado e gravou vídeo atacando diretamente o ministro mato-grossense.

O movimento pelo impeachment do trio cresceu depois que Tofolli e Moraes abriram processo para investigar ataques ao Supremo e censurou um site e uma revista que publicaram matérias denunciando o presidente do Supremo de integrar a lista de propinas da Odebrecht. Alexandre de Moraes, relator do processo, retirou a censura, mas manteve as investigações.

Não contentes com o impeachment dos três, alguns senadores mais empolgados defendem a realização de uma verdadeira “varredura” no Poder Judiciário, a ser feita com a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os trabalhos do Judiciário. Chamada popularmente “CPI da Lava-Toga”, a abertura da comissão foi solicitada, mas ainda não aprovada. A julgar pelas fortes pressões, é possível apostar na sua aprovação e instalações.

Por outro lado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não está a favor da instalação da CPI, pois, segundo ele, ela desgastará ainda mais a relação, já um tanto quanto combalida, entre os dois Poderes.