Estudante nascido em Rio Branco liderou o protesto que fez Bolsonaro cancelar agenda
O mato-grossense Rarikan Heven, que é natural de Rio Branco ( a 367 km de Cuiabá) e tem 27 anos, bolsista do Prouni cursando o 6º semestre de Direito na Mackenzie em São Paulo, liderou a manifestação que fez o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) cancelar a visita àquela universidade na última quarta (27). Diretor do Centro Acadêmico João Mendes Jr., o líder estudantil tem longa trajetória como militante em Mato Grosso.
Como secundarista, Rarikan foi presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Nilo Póvoas de Cuiabá, presidente da União Mato-Grossense de Estudantes (AME) e diretor da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes). Já no ensino superior, foi dirigente do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFM, presidente da União Estadual de Estudantes (UEE) e diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE).
“Fui eleito membro da Executiva Nacional da UNE e mudei para São Paulo. Acabei deixando o curso na UFMT e entrei na Mackenzie pelo Prouni. Sigo fazendo movimento estudantil. A mobilização contra Bolsonaro surgiu no dia que estava programada uma reunião das entidades do Mackenzie pra construir uma passeata, uma mobilização convocada pela UNE e pela UBES, que era a Jornada de Lutas da Juventude. E aí, no meio desse processo que a gente estava construindo na universidade, vimos pelo Twitter do Bolsonaro a visita dele no Mackenzie. Então, aconteceu a manifestação com estudantes que militam em partidos e estudantes sem filiação partidária. Foi um movimento da juventude. Acredito que vai se espalhar por todo Brasil”, disse ao .
Militante da União da Juventude Socialista (UJS) e do PCdoB, Rarikan foi candidato a deputado federal em 2014 e obteve 1.555 votos. À época, fez campanha pela reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e apoiou o petista Lúdio Cabral para governador.