Com a pena extinta pelo STF e livre da tornozeleira eletrônica desde dezembro de 2015, após cumprimento de mais de um terço da condenação de 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no esquema do Mensalão, Pedro Henry não quer mais saber da militância político-partidária. Ao menos publicamente. Em privado, até orienta aliados da época em que foi deputado, vice-prefeito de Cáceres e secretário estadual de Saúde.
ROMILSON DOURADO
Câmara hiperbárica, adquirida pela família Henry com financiamento do BB, funciona dentro do hospital Santa Rosa
Na iniciativa privada, Henry, que é médico-anestesista, está faturando muito bem e ampliando os negócios, o que o ajuda no pagamento da multa de quase R$ 1 milhão imposta na condenação pela Justiça. Ele toca com a família, especialmente com a sobrinha e médica Taenna Henry, a empresa Hiperbárica Santa Rosa, numa estrutura montada dentro do próprio hospital, em Cuiabá.
Ali, numa sala-consultório, ele acompanha a movimentação do dia a dia de dezenas de pacientes, sejam oriundos do SUS, sejam privados, entrando e saindo de uma máquina de oxigenoterapia, serviço exclusivo em Mato Grosso. Recebe pacientes de dentro e fora do Estado em busca desse método terapêutico numa ambiente pressurizado em que a pessoa é submetida a uma pressão três vezes maior que a atmosférica, respirando oxigiênio 100%.
O equipamento foi adquirido a partir de financiamento junto ao Banco do Brasil. Cada sessão, que dura cerca de duas horas, pode levar para dentro da máquina até 12 pessoas. O custo por paciente gira em torno de R$ 800 reais. O tratamento por oxigenoterapia é indicado para vítimas de queimaduras, traumas diversos, escaras, pé diabético, úlceras, infecções, feridas, doenças vasculares e lesões de pele.