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22/03/2019 - 11:14

Ex-deputado fatura alto com hiperbárica exclusiva

Com a pena extinta pelo STF e livre da tornozeleira eletrônica desde dezembro de 2015, após cumprimento de mais de um terço da condenação de 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no esquema do Mensalão, Pedro Henry não quer mais saber da militância político-partidária. Ao menos publicamente. Em privado, até orienta aliados da época em que foi deputado, vice-prefeito de Cáceres e secretário estadual de Saúde.
 
ROMILSON DOURADO
pedro henry hiperbarica 680

Câmara hiperbárica, adquirida pela família Henry com financiamento do BB, funciona dentro do hospital Santa Rosa
 
Na iniciativa privada, Henry, que é médico-anestesista, está faturando muito bem e ampliando os negócios, o que o ajuda no pagamento da multa de quase R$ 1 milhão imposta na condenação pela Justiça. Ele toca com a família, especialmente com a sobrinha e médica Taenna Henry, a empresa Hiperbárica Santa Rosa, numa estrutura montada dentro do próprio hospital, em Cuiabá.
 
Ali, numa sala-consultório, ele acompanha a movimentação do dia a dia de dezenas de pacientes, sejam oriundos do SUS, sejam privados, entrando e saindo de uma máquina de oxigenoterapia, serviço exclusivo em Mato Grosso. Recebe pacientes de dentro e fora do Estado em busca desse método terapêutico numa ambiente pressurizado em que a pessoa é submetida a uma pressão três vezes maior que a atmosférica, respirando oxigiênio 100%.

 O equipamento foi adquirido a partir de financiamento junto ao Banco do Brasil. Cada sessão, que dura cerca de duas horas, pode levar para dentro da máquina até 12 pessoas. O custo por paciente gira em torno de R$ 800 reais. O tratamento por oxigenoterapia é indicado para vítimas de queimaduras, traumas diversos, escaras, pé diabético, úlceras, infecções, feridas, doenças vasculares e lesões de pele.
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