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04/03/2019 - 14:07

Casos de HIV/Aids em idosos cai em Cáceres; no país os casos crescem

O índice de infestação de HIV/Aids na população feminina acima de 60 anos, em Cáceres, se mantém instável. Ao contrário do cenário nacional onde, de acordo com boletim do Ministério da Saúde, os diagnósticos, nessa faixa etária, cresceram sete vezes, na casa de 657%, entre 2007 e 2017, em nosso município, conforme o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), apenas quatro casos foram detectados, desde a criação do centro, há 12 anos.

O que significa, de acordo com o Centro de Testagem, uma média de um caso, de três em três anos. E, atualmente, conforme a direção do CTA, apenas uma paciente, acima dos 60 anos está em tratamento. Ela teria se infectado no ano passado.

De acordo com o boletim epidemiológico HIV/Aids 2018 do Ministério da Saúde, entre a população feminina esta é a faixa etária com maior variação de aumento de casos de confirmação do vírus HIV. De 2007 a 2017, os diagnósticos cresceram sete vezes, na casa de 657%. A taxa de detecção de Aids em mulheres acima de 60 anos aumentou, na última década, de 5,3 para 6,4 pessoas para cada 100 mil habitantes.

Alguns fatores, de acordo com especialistas, contribuem para o aumento de diagnósticos de HIV na terceira idade. “A vida sexual voltou a ser muito ativa nessa população. O surgimento de estimulantes sexuais proporcionou isso. Ao mesmo tempo, em uma faixa etária em que as pessoas não têm mais receio de gravidez, o uso de preservativo é menor” explica ginecologista Helaine Milanez, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

No caso de Cáceres, a paciente recebeu o diagnóstico, no ano de 2018, desde então ela procurou o centro, onde está recebendo toda orientação e tratamento gratuitos.

Os especialistas afirmam que muitas mulheres a partir de 40 anos só descobrem ser portadoras do vírus ao apresentarem algum sintoma ou quando vão ao médico após o diagnóstico positivo dos parceiros. Eles dizem que, o teste rápido de HIV deve ser integrado ao cotidiano de todos. E, que não deve ser compulsório, mas oferecido quando a mulher busca os serviços de Saúde, como, por exemplo, ao fazer um preventivo.

Assinalam que faltam políticas públicas voltadas para a prevenção em mulheres que não são adolescentes ou gestantes. “As pessoas acreditam que ter um parceiro único é protetivo. Mas é também um fator de risco, pois acreditam estar protegidas e não usam preservativos”. Dizem que, as campanhas diminuíram muito nos últimos anos. É importante assumir uma rotina de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis na terceira idade com campanhas que orientem sobre prevenção e sexo seguro.
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