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26/02/2019 - 08:30 | Atualizado em 26/02/2019 - 09:26

Wemerson Prata e Valmir Moretto são alvos de operação da PF que combate fraudes em licitações em Cáceres e mais 3 cidades; empresa de fachada

Polícia Federal deflagrou nesta terça (26) a Operação Trapaça, com o objetivo de combater fraudes à licitações e desvio de recursos públicos. São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências localizadas em Salto do Céu, Cáceres, Curvelândia e Nova Lacerda. Um dos alvos, conforme o  apurou, é o prefeito de Salto do Céu, Wemerson Adão Prata (PP).

Em Cáceres as buscas ocorrem na sede da empresa PRATA CONSTRUTORA EIRELI-EPP de propriedade do irmão do prefeito de Salto do Céu, Judson Sander Prata.

A empresa do deputado Valmir Moretto (PRB), VL Moretto e Cia (que teria participado das fraudes),  também é alvo de mandado de busca e apreensão. Ao , Moretto afirmou que ainda não teve acesso aos documentos da investigação e não tem conhecimento sobre os contratos da empresa. Ele também disse que não estava envolvido diretamente na administração da empresa. "Mas é bom que investigue. Depois que fizerem as buscas a gente vai se informar sobre a situação e se posicionar", declarou.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região, com sede em Brasília, pois envolve investigados com foro privilegiado.

A operação, que iniciou a partir de encaminhamento de documentos da Controladoria Geral da União (CGU), visa angariar mais provas relacionadas aos crimes de fraude a licitações e desvio de recursos públicos praticados por suposta organização criminosa atuante em Salto do Céu e outras cidades da região.

Uma das supostas fraudes constatadas foi a identificação de uma empresa fantasma criada em nome de "laranja" para participar, em conluio com outras empresas de pequeno porte, de processos licitatórios realizados pela Prefeitura de Salto do Céu. Elas concorriam entre si para dar aparência de legalidade, viabilizando as fraudes.
 
Em poucos meses de atuação, a empresa de fachada já ganhou mais de R$ 2 milhões em contratos de licitações possivelmente fraudadas, enquanto foi identificado que o seu sócio principal possuía um salário de apenas R$ 1,2 mil como tratorista.

Durante as investigações também foi identificado que uma empresa pertencente a familiar do funcionário público ganhou várias licitações, possivelmente com favorecimento pessoal ou em razão de informação privilegiada.

Suspeita-se que partes dos serviços de obras públicas contratados foram prestados com a utilização de maquinário e pessoal da Prefeitura de Salto do Céu. O nome da operação se refere ao próprio significado da palavra Trapaça, em alusão às ações ardilosas e de má-fé adotadas para direcionar obras e serviços para empresas do grupo alvo das investigações.(Com Assessoria)
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