Agindo como um verdadeiro ditador, o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), bravo com o crescimento da oposição na Câmara de Vereadores, está segurando um pedido de suplementação do legislativo para o custeio da reforma da sede

Protocolado desde 13/08, o pedido de suplementação está parado na mesa do prefeito.

Com economias realizadas em outras atividades, a Câmara já possui os recursos financeiros para a conclusão da obra, mas, depende da assinatura do prefeito para ajustar o orçamento.

“A obra da Câmara já está parada há uma semana, faltando pouco para a conclusão. Mas, não posso autorizar a conclusão sem ter o orçamento para isso. No decorrer da reforma foram detectados problemas que exigem o aditivo, como troca de calhas e rufos, que não puderam ser reaproveitados. Pedimos o remanejamento dos recursos, economizados pela Câmara, em 13/08 (procolo 34446), no valor de 20 mil reais. Esse dinheiro é da Câmara, e toda a reforma poderá ser prejudicada na primeira chuva,” afirma o vereador Professor Domingos, presidente da Câmara Municipal.

Com instalação elétrica condenada pelo Corpo de Bombeiros, o prédio da Câmara Municipal corria sério risco de incêndio.

Na reforma, foram instalados o sistema de proteção de descargas atmosféricas, trocada a fiação elétrica, além da recuperação de portas, janelas e pintura interna e externa.

Para o vereador Cézare Pastorello (SD), o prefeito estaria segurando a assinatura do da suplementação em represália aos trabalhos das comissões, que têm detectados várias inconsistências no orçamento do Executivo, algumas chegando a quase 1 milhão de reais, como foi o caso do Fundeb.

“O problema é que essa pirraça do prefeito pode causar grande prejuízo ao município. Já está causando, porque enquanto dura a reforma a Câmara tem que funcionar em prédio alugado. E, se houver uma chuva nos próximos dias, todo o trabalho de restauração poderá ser perdido. É uma atitude inconsequente e irresponsável,” afirma o vereador.