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10/09/2018 - 08:58

Cézare diz O Bom Samaritano foi fechado porque Francis queria o prédio

Neste final de semana no grupo de WhatsApp do Jornal Oeste o vereador Cézare Pastorello (SD) revelou que O Hospital O Bom Samaritano poderia não ter sido fechado, se não fosse o interesse do prefeito Francis Maris (PSDB) se apoderar do prédio.

'O segundo projeto da minha legislatura que eu apresentei na Câmara Municipal foi para aproveitar a ala ociosa do Hospital O Bom Samaritano, que tem 16 leitos que nunca fora usados, em CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas). Com isso, o Hospital receberia 105 mil reais por mês, além dos pagamentos de médicos, enfermeiros e técnicos, com recursos fundo-a-fundo do Ministério da Saúde (mínima despesa para o Município). Cáceres atende todos os requisitos, população e demanda, além de ser área prioritária por ser fronteira. 240 pessoas seriam atendidas por mês, com possibilidade de internação voluntária durante as crises de abstinência e início de tratamento. O projeto, avalizado pelo Ministério da Saúde, foi solenemente ignorado pelo executivo. Só um ano depois fomos descobrir o porquê. A ideia sempre foi deixar o HOBS fechar para extinguir a associação e transferir o prédio para o município. Tanto que a maior mobilização já feita para o HOBS não foi para mantê-lo funcionando, mas, para quitar os débitos trabalhistas, que teriam preferência e poderiam levar o prédio à leilão. Então, que fique claro. O HOBS foi fechado por interesse da prefeitura, e o problema dos dependentes químicos foi simplesmente considerado como inexistente. Quando o celular da sua filha for roubado, com ou sem o uso da violência, saiba que isso poderia ser evitado. Porque quase a totalidade de roubos e furtos na cidade são para aquisição de entorpecentes.' comentou.

Por se tratar de uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos, no caso de extinção o prédio é transferido para o município." Disse Pastorello.

Então, segundo o vereador, mesmo tendo  o projeto que poderia manter todo o atendimento do Hospital e ainda atender os dependentes químicos em mãos, o prefeito preferiu deixar o HOBS à míngua.

Depois de decidida a paralisação das atividades, o prefeito reuniu diversos expoentes da sociedade para fazer um leilão de gado. Mas, a finalidade não era restabelecer o funcionamento do hospital, e sim, quitar os débitos trabalhistas que poderiam levar o prédio a leilão pela Justiça do Trabalho.

Pastorello ainda afirmou em outra oportunidade que o prefeito tem tratado a saúde como mercadoria, inclusive fazendo pouco caso da saída em massa dos médicos especialistas, já que, para o prefeito, as unidades fechadas geram economia para o município.

O prefeito exibe máquinas adquiridas com recursos do Estado no desfile de 7 de setembro, tentando fazer campanha para o seu candidato. Mas, deveria ter é um bloco das grávidas, já que mais de 800 gestantes estão sem fazer pré-natal porque também o prefeito não aceitou alterações no projeto de remuneração médica feitas no ano passado. Lamentável, já que quem mais sofre é a população carente", finaliza o vereador.
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