Imprimir

Imprimir Artigo

03/09/2018 - 15:54 | Atualizado em 03/09/2018 - 16:01

CIUMEIRA: Candidatos a deputado se desentendem em Cáceres

A estratégia adotada pelo vereador Cesare Pastorelo (Solidariedade) presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em protelar expedições de pareceres, para votação de determinados projetos e, com isso, tirar proveito politico da situação, além do Executivo Municipal, desagrada também colegas de parlamento.

Revoltado com a atitude do colega, o vereador Dênis Maciel (PRTB) disse que “isso é falta de ética, de princípios de uma pessoa que se acha moralista. Essa pessoa (Cesare) tem que olhar para o próprio rabo e saber que a situação não é bem assim”.

O pronunciamento acalorado ocorreu na sessão da última segunda-feira (27/08), quando o presidente da CCJ decidiu retirar de pauta, protelando mais uma vez, o projeto de Lei do Executivo que solicita Crédito Adicional, para despesas da Secretaria de Educação, entre elas, pagamento dos salários dos servidores da pasta.

“Dá vergonha. Uma coisa tão simples, que antes se resolvia em um dia, agora vira um joguinho político” disse acrescentando que “e ainda fica colocando na mídia (redes sociais) que é o bambambã. Tem que criar vergonha na cara, ser mais honesto, não ser mentiroso”.

E, foi além: “não sei de onde vem essa pessoa, se tem princípios de vida, de pai de mãe. Uma coisa simples de ser votada fica fazendo essa política de barganha. Isso é palhaçada. E tem vereador que apoia essa barganha; essa falta de ética, falta de princípios”.

Com uma crítica menos acentuada, os vereadores Rubens Macedo (PTB) e Dona Elza Basto (PSD), também comentaram a situação. Rubens explicou que: “o Regimento Interno da Câmara é claro: os projetos de urgência e urgentíssima como o que solicita a verba para a Secretaria de Educação tem que ser votado em 15 dias. No entanto, esse já passa dos 60. Para mim isso só tem uma explicação: politica”. Dona Elza diz que o clima na Câmara, diante dessa situação, está insustentável e que se pudesse nem iria na sessão de segunda-feira. “A Câmara não pode ser responsabilizada. Existem certas pessoas que estão agindo dessa forma” disse.

Presidente da CCJ, o vereador Cesare Pastorelo, diz que retirou o projeto da pauta de segunda-feira, por ainda estar dentro do prazo regimental. Explicou que os membros da comissão adotaram o princípio da cronologia dos projetos. “Todos os projetos estão entrando na pauta, conforme sua colocação e ordem cronológica” disse afirmando que “na CCJ não temos nenhum projeto atrasado com mais de 30 dias. Exceto os que vêm com erros do Executivo e têm na comissão a oportunidade de serem corrigidos” disse citando o novo Código Tributário que também está aguardando correção do Executivo”.

Em relação as ácidas criticas do vereador Dênis, Pastorelo afirmou que “quando a pessoa se propõe a fazer criticas a comissão, por certo, ele não conhece o funcionamento dela. Temos o zelo, o esmero, o cuidado que todos os vereadores que dela participam tem com a coisa pública. Temos que diligenciar, pedindo informações ao Executivo, aos proponentes, a órgãos públicos, a OAB, Controladoria Geral da União, CRM. Nada é simples.

Não existe projetinho tramitando na Câmara. Tudo envolve dinheiro que não é nosso, dinheiro que é do povo. E, por isso tomamos os cuidados necessários com a questão pública. O resto é falácia e levante de poeira”.
Imprimir