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30/07/2018 - 10:06

Cáceres com 1 milhão de cabeças, tem o maior rebanho bovino do País

O rebanho bovino em fazendas de Mato Grosso atingiu o recorde de 30,2 milhões de cabeças em 2016, com um crescimento de 3,32% em comparação a 2015. O número é o maior da história e corresponde a aproximadamente 14% das 215 milhões de cabeças de gado bovino no Brasil.

Com isso, o Estado segue líder absoluto na pecuária nacional, com quase 7 milhões de cabeças a mais que o segundo colocado, Minas Gerais -cujo rebanho é de aproximadamente 24 milhões de cabeças, segundo o IBGE.
O resultado se deve, especialmente, ao ciclo da pecuária, que nos últimos três anos trabalha com a retenção de fêmeas.  No período, o número de vacas registrou acréscimo de 1,57 milhão de cabeças desde 2013. Em contrapartida, o número de machos cresceu apenas 233 mil cabeças.

Os números foram divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), por ocasião do fechamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa.

Do total do rebanho registrado, 99,62% foi vacinado, o que corresponde a 30.116.239 milhões de cabeças. Desde 2005, a pecuária mato-grossense tem alcançado índices de vacinação superiores a 99% e há 20 anos não registra casos da doença.

O Indea divulgou ainda o fechamento do número de abates de fêmeas no último ano, que encolheu 2 pontos percentuais em relação a 2015, passando de 40,8% do total abatido para 38,8%. Na prática, segundo o presidente do Indea, Guilherme Nolasco, a queda na média de abates de fêmeas é a comprovação da retenção desses animais, o que contribui para a expansão do rebanho.
 
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apesar do aumento do rebanho soar positivo dentro da cadeia da pecuária, o produtor deve ficar atento. “Uma oferta de bovinos em excesso, pode resultar em desvalorização nas cotações”, aponta relatório.

Precocidade

Com o fechamento dos relatórios do Imea, também foi possível observar a tendência em abater animais com menos de 36 meses, pois estão atingindo o peso ideal da carcaça precocemente. Este já o quinto aumento consecutivo na participação desses animais no abate mato-grossense, representando 63,02% do total de animais abatidos.
 
“O bovino está sendo abatido cada vez mais pesado e mais jovem, isso é fruto de investimentos, tecnologias e aperfeiçoamento das condições de manejo visando melhores resultados da porteira para dentro”, explicou o superintendente do Imea, Daniel Latorraca.

Campeões IBGE

Apesar de ter o maior rebanho do país, no ranking por municípios Mato Grosso aparece na 4ª colocação com Cáceres, que abriga um rebanho de 1 milhão de cabeças. São Félix do Xingu, no Pará, é o grande campeão com 2,2 milhões, mais que o dobro do rebanho cacerense. O segundo e o terceiro lugar ficaram com municípios de Mato Grosso do Sul: Corumbá, com 1,7 milhão e Ribas do Rio Pardo com 1 milhão de cabeças.
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