Se tem uma coisa desprezível na política é o traidor. Tenho visto a vice-prefeita e Cáceres, Eleine Liberato Dias (PSDB), fazendo pré-campanha à deputado estadual para o vereador Claudio Henrique (PSDB), em um momento em que a pessoa que a permitiu ser vice-prefeita da cidade por duas vezes, também está em busca de uma eleição e com muito mais chances. A fidelidade política é coisa de gente com caráter. Não importam as circunstancias, não traia e não abonde os companheiros, especialmente por cargos e vaidades. No caso de Eliene, o que ela está fazendo é imperdoável e desnecessário. Vou explicar porque. Porque por lealdade a quem a fez politicamente, ele poderia ter se afastado da presidência do PSDB e até do partido, para apoiar Túlio Fontes (PV) ou ficar fora do processo para se preservar e mostrar caráter. E ela poderia ter feito isso sem temer a ira do prefeito Francis Maris (PSDB) porque ela é a única da equipe de Francis que ele não pode demitir, pois foi eleita. Este episódio me lembra os que envolveram os ex-vereadores Alcy Silva e Gabriel Alves de Moura. Eles eram tão próximos a Túlio, que tinham o controle remoto do portão da casa do ex-prefeito. Mas, quando ele perdeu a eleição para os Henry em 2004, os dois o abandonaram. Conversei Com Túlio a época e ele explicou que a traição política é comum e aceitável, especialmente quando os traidores são profissionais da política, mas no caso dos dois, não precisavam pois são servidores públicos.
 
Acordos
 
Como parte da negociata para alavancar as pré-candidaturas de Ezequiel Fonseca (PP) e Claudio Henrique (PSDB), em Cáceres, o prefeito Francis Maris (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores, Domingos dos Santos (PSB) e o vereador Alvasir Alencar (PP) fizeram um acordo com o vereador Elias Pereira (AVANTE). Pelo acordo, Elias passaria a defender Francis de olho fechado na Câmara e apoiaria Ezequiel e Claudio em troca de duas coisas. O apoio de Francis, Ezequiel, Domingos, Alencar e Claudio, para ser o próximo presidente de Câmara, e apoio para a candidatura do irmão Elizeu para a presidência do SSPM. A julgar pela malandragem do pedido de vistas no projeto de Lei de Transmutação de Regime dos Agentes de Endemias e Saúde, o acordo já está em vigor. O pedido de exoneração de Elizeu da coordenação na prefeitura dentro do que é exigido pelo regimento SSPM, reforça o acerto. A negociata joga um balde de água gelada na cabeça de Rubens Macedo (PTB), Valter Zacarkim (PTB) e Valdeniria Dutra (PSDB), da base governista, que também querem a presidência da Câmara.
 
Zé Eduardo
 
Por falar em presidência da Câmara de Cáceres, o vereador Cézare Pastorello (SD), revelou a Coluna que não tem interesse em concorrer. Ele disse que gostaria de ver no comando da mesa o colega José Eduardo Torres (PSC). Ele justificou alegando que Zé Eduardo tem postura séria, honesto e é bom gestor, perfil necessário para organizar e melhorar a imagem do legislativo.
 
Lambança
 
Na semana passada expliquei a um amigo interlocutor político de Cáceres um dos motivos que me fazem crer que o deputado estadual doutor Leonardo (SD), não deverá ser eleger deputado federal. Disse que ele é péssimo político e mal assessorado. Ai citei um exemplo recente de uma situação que aconteceu com o amigo irmão Chico Vigo do Escritório Regional de Saúde. Ele perdeu o cargo no mês passado depois que a superintendência do órgão descobriu uma manobra de Leonardo para ter força política em Pontes e Lacerda. O deputado teria pedido a remoção de Chico para Lacerda para ajudá-lo na região onde não está tendo boa penetração. Só que uma pessoa ligada a Leonardo ficaria em Cáceres, porém subordinada a Chico. Falaram demais e o jogo foi desmanchado. O desfecho da situação é que Chico foi exonerado e em seu lugar foi nomeada a enfermeira do Hospital Regional Antônia Maria Rosa, indicação técnica da Secretarie de Saúde.
 
Paraquedistas
 
E a turma de Leonardo em Cáceres segue enchendo a cidade de paraquedistas. Depois dos milionários Nininho (PSD), Guilherme Maluf (PSDB), Eduardo Botelho (DEM) e Romoaldo Júnior (MDB), agora estão buscando o deputado estadual Maxi Russi (PSB), que também tem grana. A Coluna suspeita que este seja um dos motivos que levaram o prefeito Francis Maris (PSD),  a trair Leonardo (SD) com Ezequiel Fonseca (PP). O prefeito teria ficado furioso com Leonardo e sua gangue por estarem colocando em risco a eventual eleição do Xodó.
 
Federal
 
Doutor Leonardo (SD), Nilson Magalhães (AVANTE) e o oncologista Eduardo Lima (PSD), são os pré-candidatos de Cáceres que ainda mantm o desejo de concorrer a uma vaga de deputado federal nas eleições deste ano. Dos três, Eduardo é o que mais tem andado. Além de toda região sudoeste, o médico caminha por Barra do Garças onde nasceu.