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13/02/2018 - 09:17 | Atualizado em 13/02/2018 - 09:21

PDT quer a vice de Mauro Mendes

Presidente regional do PDT, o deputado estadual Zeca Viana diz acreditar na volta do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, aos quadros do partido. Ao , o parlamentar diz que, na verdade, o produtor rural nunca deixou de se identificar com a sigla, mesmo quando estava filiado ao PSB. “Estava emprestado para o PSB, para tirar uns dias. Ele sempre foi do PDT. Partido do seu coração”, diz.

Zeca não descarta que a eventual volta de Pivetta ao PDT seja marcada por uma candidatura para as eleições de outubro. No entanto, ressalta que o ex-prefeito já declarou desinteresse em voltar a disputa nas urnas. “Vamos ver a disposição dele para disputar alguma coisa. Tenho conversado com ele, que demonstra um desestímulo muito grande com a política. Mas, está muito revoltado com esse atual governo, pela ingovernabilidade que teve com o Estado”, declara.

Desde o ano passado, Pivetta declara ter “pendurado as chuteiras” com a derrota que sofreu em 2016 em busca da reeleição e não tem interesse em retomar a carreira política. No entanto, seu nome voltou a ser lembrado para vice em uma eventual chapa com o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), ao Governo do Estado.

Militante histórico no PDT, Pivetta deixou o partido e migrou para o PSB em abril de 2016. Em junho de 2017, rompeu com a sigla socialista quando o deputado federal Valtenir Pereira assumiu a presidência estadual e desde então permanece sem filiação partidária.

Ainda na conversa com o , Zeca falou sobre as articulações partidárias para as próximas eleições. Seguindo pedido nacional, que tem o pré-candidato à presidência Ciro Gomes, a sigla deve ter candidatura ao Governo e Senado.

Zeca diz que é prematuro falar em nomes, já que articula novas filiações. Mas, reforça ter colocado seu nome a disposição para uma candidatura ao Executivo estadual ou à Senatória. O parlamentar relembra decepção, após ter ajudado a eleição do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014, quando o gestor ainda estava no PDT.

“Tenho um compromisso com a população, pois ajudei muito este governo. Quero sair da vida pública com a sensação de dever cumprido. Vou ajudar ou compor com os melhores nomes para administrar o Estado. Para recuperar o descrédito existente nestes últimos oito anos”, pontua.

Blairo quer pesquisa para justificar fora de Taques

Blairo Maggi acha que será o principal cabo eleitoral do próximo governador, a ser eleito nas urnas de 7 ou 28 de outubro, no primeiro ou segundo turno, respectivamente. E, para ter certeza disso, vai encomendar uma pesquisa qualitativa no próximo mês.

A partir do resultado, pretende repetir o ritual de 2014. Na época, as amostragens indicavam que o hoje senador licenciado e ministro da Agricultura seria favorito e que, caso não fosse candidato ao Palácio Paiaguás, a chance seria de Pedro Taques.

Blairo chamou Taques, então senador pelo PDT, para uma conversa decisiva. Deu-lhe de presente a pesquisa e disse: não sou candidato (a governador) e você será eleito. As projeções se confirmaram.

Agora, o ministro do PP que disputará a reeleição tem dito, em privado, que chamará Taques para uma conversa parecida com aquela de 2014. Acreditando que o governador estará mal das pernas, quer mostrar números de pesquisa como forma de justificar a ruptura política, desfazendo a antiga aliança, dentro de um combinado de apoiar Mauro Mendes a governador. O ex-prefeito da Capital, que deve se declinar do DEM e optar por filiação no mesmo PP de Blairo, está determinado a encarar, pela segunda vez, a corrida ao governo estadual.

O que Blairo não espera contar é se Taques, convicto de muitos números, feitos e ações ainda por propagar, crescer nas intenções de voto, derrubar os percentuais de rejeição, e se consolidar como favorito. Aí, o tiro pode sair pela culatra. (Romilson Dourado)
 
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