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06/02/2018 - 10:29

Taques diz que intervenção Regional foi para afastar os picaretas

Com garantia de liberdade total para agir da forma pela qual for julgada necessária, o decreto 1.350/2018, editado pelo governador José Pedro Taques (PSDB), permite funcionamento híbrido dos sete hospitais regionais de Mato Grosso. E mais: assegura ao governo prazo para buscar a melhor forma de gestão para cada unidade hospitalar do Estado.

Pedro Taques observou que não foi um novo decreto, mas simples renovação de outros – 1.073/2017 e 1.213/2017, ambos do ano passado. “É um decreto que já existia há seis meses e nós só fizemos a prorrogação. Vamos prorrogar, porque nós vamos continuar a substituição da intervenção por administração direta ou organização social, como está em Rondonópolis”.

O governador recordou que, na gestão anterior, houve redução de 50% nos recursos para a saúde básica para destinar às OSS e que, logo após tomar posse, tratou de corrigir o que considerava distorção. “A nossa administração alterou a lei da saúde, mudada em 2011, em nosso Estado. Cortaram metade dos recursos dos municípios da atenção básica e primária, para sobrar 50% de dinheiro para organizações sociais de saúde [OSS] picaretas! Picaretas!”, detonou o chefe do Poder Executivo.

E é isso que vem provocando a intervenção de Taques, via decreto, nos hospitais regionais. “Existem organizações sociais de saúde picaretas e existem OSS sérias. Como existem governadores picares e existem sérios”, pontuou Pedro Taques, fazendo um comparativo metafórico dele próprio com o antecessor.

Num contexto ampliado, a intervenção em sete hospitais regionais de Mato Grosso busca manter a saúde pública, por entender que a gestão anterior do governador Silval Barbosa tentou privatizar o serviço. “Eu acredito na saúde pública. Acredito na saúde pública para melhorar a vida das pessoas”, observou ele.

O governo de Mato Grosso decretou estado de emergência administrativa por mais seis meses nos hospitais regionais Sorriso, Alta Floresta, Colíder, Rondonópolis, Cáceres e Sinop, e no Hospital Metropolitano de Várzea Grande. O decreto tem como objetivo transferir a gestão das unidades de saúde diretamente para o executivo estadual ou outros modelos.
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