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12/11/2017 - 08:33 | Atualizado em 12/11/2017 - 08:32

Frentista e funcionário público ajudam a manter a cultura cacerense

Os cacerenses Lucinei da Costa Oliveira, 33 anos, e Cláudio Francisco de Assunção Filho, 46 anos preparam o segundo filme da carreira. Opa, assim ninguém conhece a dupla Juca e Tenório, que faze sucesso em Cáceres e na região Oeste fazendo humor com as coisas simples e o cotidiano do povo de Cáceres.

Os primos na vida real estão juntos nos palcos e comerciais há 14 anos. O encontro tem dado certo e já rendeu muitos frutos. A dupla já gravou três CDs, o primeiro “Malemá tentiano” em 2007; o segundo “Quá Parente” em 2008.  O terceiro CD, “Eu não aguento mais” só veio em 2013 depois da cobrança do público que estava sentindo falta dos trabalhos da dupla. “A gente ficou um tempo sem gravar porque os trabalhos com humor estavam um pouco escassos, mas a gente vinha recebendo muitos pedidos, então voltamos a produzir, apesar de termos poucos parceiros na época”, relembra Juca.
Arquivo Pessoal
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Lucinei da Costa Oliveira, 33 anos.
 
“O nosso terceiro CD agradou bastante, pois ele ficou bem dançante, além da pitada de humor”, revela. Com o embalo desse sucesso, a dupla gravou o primeiro filme “O Coiso” lançado em 2015. A preocupação com social, com o cidadão, mas sem deixar o humor de lado é característica da dupla, tanto que o primeiro filme tem como tema central a dengue. “A cidade vivia uma epidemia da dengue”, justifica Juca. Ele lembra que o roteiro, a direção, o texto é todo da dupla. A filmagem e edição foi da 7 Midia Filmagem, do André Oliveira, que também faz outros trabalhos, principalmente comerciais com os dois.

Tenório, explica que como eles não tem empresário, ele acaba fazendo esse papel e realiza o contato  e fecha parcerias. “Eu fico meio que encarregado de atuar nessa frente, além de cuidar mais da direção e de redigir os textos de comerciais e dos shows”, diz.

Antes da dupla ser montada, Tenório atuava sozinho e chegou a ensaiar uma dupla com “Garboso” mas a parceria não se consolidou. “Então decidi convidar o Lucinei, que apesar de tímido brincava em família. Eu percebi que poderia dar certo. Aos poucos ele foi perdendo a timidez e ele tem feito a diferença na dupla. Eu sou mais de texto e o Juca é mais caricato”, afirma o Tenório.Tenório, explica que como eles não tem empresário, ele acaba fazendo esse papel e realiza o contato  e fecha parcerias. “Eu fico meio que encarregado de atuar nessa frente, além de cuidar mais da direção e de redigir os textos de comerciais e dos shows”, diz.

Apesar do carisma da dupla, pois onde eles passam são reconhecidos e agradam a todos os públicos, os dois humoristas não conseguem viver da arte, assim como os demais artistas regionais. “O que mais nos emociona é o carinho das pessoas, das crianças e também dos mais idosos”. Juca, ou melhor Lucinei, é frentista em posto de combustível, já Claudio (Tenório) é conselheiro tutelar. “Em casa, alguns já me chamam de Juca, eu gosto, não me incomoda”, afirma. Já Tenório, deixa bem claro que em serviço é preciso separar a personagem. “Alguns chegam na brincadeira para conversar, mas logo percebem que eu sou o Claudio”, diz.
Arquivo Pessoal
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Cláudio Francisco de Assunção Filho, 46 anos.
 
Nos projetos da dupla está o lançamento do segundo filme, que ainda não tem nome, mas já começa a ser projetado, e também o lançamento do quarto CD. “Primeiro a gente quer produzir o filme e depois o CD, estamos iniciando os trabalhos, as pesquisas e buscando parceiros”, diz Tenório. Juca lembra que para os projetos anteriores, os dois tiveram que investir dinheiro do próprio bolso para que os projetos pudessem sair do papel e se tornar realidade. “Era um sonho nosso”, relembra.

Mais bonito que a parceria é a admiração mútua que os humoristas nutrem um pelo outro. Eles reconhecem as qualidades que cada um tem e sabem que um complementa o outro. E o reconhecimento do público só é possível por conta dessa parceria de palco e de vida. Juca afirma emocionado: “Eu admiro o Cláudio, ele é determinado, dedicado, tem um caráter ótimo. Sem falar que ele tem compromisso e tudo o que decide fazer e conquistar ele não desiste, ele batalha para conseguir”, afirma. Do outro lado, Tenório lembra que para compor o personagem Juca, o primo mais novo, aceitou ser ensinado e a deixar a timidez de lado e com isso compor o lado mais cênico que tanto agrada ao público. Para lapidar o ‘diamante bruto’ Tenório utilizou sua experiência anterior de palco com dança e coreografia e juntos fazem um humor inteligente, como gosta de definir.
Arquivo Pessoal
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A dupla faz sucesso nas mídias sociais.
 
A admiração pelo trabalho dos dois começa em casa, com a admiração dos filhos. A família, muitas de raiz cacerense, é a inspiração para muitas cenas e piadas que são contadas nos comerciais, nos shows e nos trabalhos que a dupla faz. Eles não negam que Juca e Tenório existe por amor a arte, mas reconhecem que o trabalho acaba ajudando no orçamento doméstico. Mais bonito que a parceria é a admiração mútua que os humoristas nutrem um pelo outro. Eles reconhecem as qualidades que cada um tem e sabem que um complementa o outro. E o reconhecimento do público só é possível por conta dessa parceria de palco e de vida.

Juca afirma emocionado: “Eu admiro o Cláudio, ele é determinado, dedicado, tem um caráter ótimo. Sem falar que ele tem compromisso e tudo o que decide fazer e conquistar ele não desiste, ele batalha para conseguir”, afirma. Do outro lado, Tenório lembra que para compor o personagem Juca, o primo mais novo, aceitou ser ensinado e a deixar a timidez de lado e com isso compor o lado mais cênico que tanto agrada ao público. Para lapidar o ‘diamante bruto’ Tenório utilizou sua experiência anterior de palco com dança e coreografia e juntos fazem um humor inteligente, como gosta de definir. Imprimir