O que eu vinha prevendo neste espaço há algum tempo se confirmou. A secretária de Saúde de Cáceres, Evanilda Nascimento, foi afastada do cargo, não por ser negra, gorda e Agente da Dengue, como ela gosta de afirmar, mas por incompetência. O fato aconteceu na semana passada com a famosa saída para ‘férias’, clássico pé na bunda do prefeito Francis Maris (PSDB). E como eu previ, ela foi para o olho da rua, pois também já havia sido exonerada do cargo de Agente de Saúde, após uma denúncia feita ao MPF. Evanilda foi substituída temporariamente, segundo fontes da prefeitura, pelo ex-secretário Roger Pereira, ‘The Bestinho’, que a empurrou para o buraco ao indica-la para o cargo, quando o mesmo foi afastado, embebedado pelo superego do cargo. Fico triste pela Evanilda que ficará desempregada, mas que o episódio sirva de exemplo para os servidores de carreira. Chefia é para quem tem berço e capacidade. O grande líder respeita seus liderados e não se envaidece com a função pois sabe que ela é temporária. Infelizmente, o que aconteceu com Evanilda ocorre com a maioria dos que chegam ao poder. Por isso, que existe um ditado popular que diz: ‘quer conhecer uma pessoa, dê poderes a ela’. As máscaras caem e a verdadeiras personalidades se revelam.
 
Inúteis
 
Apesar da população desconhecer, uma das principais atribuições dos vereadores é fiscalizar. Com raríssimas exceções, os que compõem a Câmara de Cáceres, não fazem este trabalho. Um exemplo claro são as pavimentações que estão sendo executadas em alguns bairros com emendas do ex-deputado federal Pedro Henry. No Jardim Paraíso, Rodeio, Jardim das Oliveiras e Jardim do Trevo, o que está sendo feito não deveria ser chamado de asfalto, né Rosinei Neves (PV), Creude Castrillon (PTN) e Valdeniria Dutra Ferreira (PSDB)?
  
Exibido
 
O esforçado, porém, exibido, diretor da Cadeia de Cáceres, Revétrio Francisco, está com as horas contadas no cargo, depois que foi flagrado em uma escuta esculhambando seus subordinados. A eminente queda tem tirado o sono do dono do cargo, o deputado estadual doutor Leonardo (PSD) e pode lhe custar o apoio de um dos maiores puxa saco. Ocorre que o Agente Prisional Luiz Carlos Velozo, sonha com o cargo desde a eleição de Leonardo, e se ele não for nomeado, certamente vai virar adversário e assumirá publicamente a candidatura do cardiologista Sergio Arruda (PSD) a estadual.
 
Sujo
 
Por falar em Leonardo, a interferência dele no comando do hospital regional Antônio Fontes, sem dúvida, irá contribuir com o fim da sua prematura carreira como deputado estadual. De Cáceres a Comodoro, o caos gerado com a retornando do comando do hospital pelo Estado, está sendo atribuído a Leandro e ao governador Pedro Taques (PSDB). No caso de Leonardo, a situação vai lhe trazer problemas profissionais futuros. Colegas que o apoiaram no passado e que estão sendo penalizados financeiramente com a medida, não vão perdoá-lo. Se bem conheço a categoria, a minha provisão irá se confirmar. Leonardo vai voltar para o PSF da Cohab Nova. Nos corredores do Regional e nas cidades da região, todos já sabem que ele agiu politicamente para prejudicar colegas que tem sido lembrado para a disputa de estadual no ano que vem, entre eles, Oncologista Eduardo de Lima e o Ortopedista Tulio Casado.
 
Cova
 
Ainda falando de Leonardo, como já havia dito em ocasiões anteriores neste espaço, A ZPE também está ajudando a encurtar a carreira do médico rico. Assim como as obras da MT 343, Aeroporto Nelson Dantas e da Avenida Sete de Setembro, a ZPE não passa de um engodo político. A prova é de que a empreiteira do pai do deputado federal Fábio Garcia (PSB), há seis meses não vê um real. Isso explica a velocidade da obra.
 
Teatro
 
Apesar de ser legalista, preciso registrar que apreensão de mercadorias da chamada feira do Braz, recentemente em Cáceres, em uma ação de combate à sonegação e ao contrabando, não passou de um teatro. Não precisa ser especialista para saber que maioria esmagadora do comercio da cidade, sonega impostos e vende produtos contrabandeados. Se for agir dentro da lei, a fiscalização vai parar o comércio de Cáceres.