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06/10/2017 - 07:53 | Atualizado em 06/10/2017 - 08:02

Cézare diz que suplentes que querem derrubar titulares não vão tomar posse porque terá que haver outra eleição

Coligação Cáceres para Todos I (PP-PMDB-PSB-DEM) pede a cassação de nove dos 15 vereadores por Cáceres em razão de suposta fraude no cumprimento dos percentuais de gêneros. A ação prevê anulação de todos os votos obtidos nas urnas pelos candidatos das coligações Agora é a Vez do Povo (PTdoB-PRTB-PRP), Frente Popular (PT-PV-PCdoB-Solidariedade), Cáceres Para Todos II (PPS- PTN) e Trabalho, Transparência e Resultado I (PSDB-PR-PSC).

Estão na "berlinda" Cezare Pastorello, Valdeníria Dutra, Claudio Henrique (todos do PSDB), Denis Maciel Hospital, Elias Pereira (ambos do PTdoB), Rosinei Neves (PV), Zé Eduardo Torres (PSC), Creude da Areeira e Wagner Barone (ambos do PTN).

A ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que aguarda apreciação da juíza da 6ª Zona Eleitoral Alethea Assunção Santos, se assemelha ao da Capital, onde quatro parlamentares tiveram os mandatos cassados por utilização de candidatas “laranjas”.

Apesar de terem sido cassados, os vereadores permanecem nos cargos até o transitado e julgado, podendo até ficar inelegível para as próximas eleições. Tiveram decisões pela cassação do diploma os vereadores Marcrean dos Santos (PRTB), Elizeu Nascimento (PSDC), Abílio Junior e Sargento Joelson (ambos do PSC).

Em Cáceres, a Aije atinge 12 partidos, sendo que nove possuem representantes na Câmara. Se tiverem decisões desfavoráveis aos parlamentares o quociente eleitoral será alterado, ou seja, a composição do Legislativo.

De acordo com os advogados do caso Bruno Sampaio Saldanha e Francisco Faiad, foi constatado que as candidaturas não receberam votos e não tiveram despesas com a campanha eleitoral, fatores que podem caracterizar candidaturas fictícias. “Não fizeram santinho, não tiveram despesas com combustível”, explica Bruno ao .

Outro lado

O vereador eleito pela Coligação Frente Popular (PT-PV-PCdoB-SD) Rosinei Neves afirma que não tem culpa em razão de pessoas que desistiram de participar da eleição no meio do pleito não terem renunciado. “Qual é a culpa eu tenho, fui eleito pelo meu voto”, sustenta.

O vereador explica ainda que uma ação que tramitava a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE)inocentou as supostas candidatas fictícias. Diante disso, acredita que as ações são de “pessoas que querem ficar no poder a qualquer custo”, sustenta.

Ao Jornal Oeste, o vereador Cézare Pastorello (PSDB), afirmou que se forem cassadas as 4 coligações, dá mais de 60% dos votos válidos para vereador. Daí, será necessária nova eleição em 30 dias.

'A coligação Cáceres para Todos I (PP-PMDB-PSB-DEM) ganha, mas, não leva. Marcinho, Tarcísio, Odenir Nery, Arymateia e demais vão ter que bater de porta em porta de novo. Daí, os nove cassados ficam temporariamente inelegíveis. Digo temporariamente porque o TSE reforma em um tapa. A coligação eleger com suposta fraude é uma coisa. A culpa pessoal é outra. Como não há pessoalidade, ficam inelegíveis para vereador, a Câmara fica ainda pior do que está, e em 2018 os atuais vereadores desfrutarão do efeito saudade', disparou Cézare. Imprimir