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23/05/2017 - 09:01 | Atualizado em 23/05/2017 - 09:06

Cadeia de Cáceres não dispõe de tornozeleiras eletrônicas para colocar em novos presos

A direção da cadeia de Cáceres não tem como atender eventuais determinações da justiça para colocar tornozeleiras eletrônicas em novos presos e, tampouco, “vigiar” a maioria dos reeducandos que foi selecionada para trabalhar fora das celas. Há vários dias a unidade não dispõe do dispositivo usado, geralmente, para monitorar as ações dos detentos.

Das 80 tornozeleiras enviadas a unidade, no ano passado, apenas 30 estão sendo utilizadas. As demais tiveram o lacre rompido e serão encaminhadas, nos próximos dias, para a Secretaria de Estado de Justiça para serem recodificadas. A informação foi feita na semana passada pelo diretor do complexo prisional Revétrio Francisco da Costa.

“Se a justiça determinar o uso da tornozeleira em um novo preso, o que faço? encaminho um ofício para o juiz informando que não dispomos. E, que assim que a secretaria disponibilizar a colocaremos” afirmou o diretor explicando que as velhas tornozeleiras tiveram os lacres rompidos por já terem sido usadas por reeducandos que progrediram de regime e tiveram que ser retiradas.

“Quando o reeducando é beneficiado com progressão de regime, geralmente, ele deixa de usar o aparelho. Mas, por já ter sido usada, a tornozeleira tem o lacre rompido e deve ser recodificada” esclarece o diretor lembrando que a substituição dos “novos” dispositivos deve acontecer nos próximos dias.

“Temos pressa na substituição porque queremos colocá-las nos reeducando que estão trabalhando extramuros” diz. Revétrio afirma que, a tornozeleira não impede que o preso cometa crimes, mas, segundo ele, facilita ao captura do preso porque a central sabe por onde ele andou.

“Infelizmente crimes praticados por presos com tornozeleiras eletrônicas acontecem em todo o país. E, em Cáceres, não é diferente. Até porque, o dispositivo não impede ele (preso) de praticar, mas facilita a captura. Através da tornozeleira monitoramos onde ele esteve ou está”. Além da cadeia, o monitoramento, conforme Revétrio é feito pela Secretaria de Justiça. Imprimir