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09/04/2017 - 10:54 | Atualizado em 09/04/2017 - 11:43

Cerca de 18 mil pessoas sobrevivem na pobreza e extrema pobreza em Cáceres

A crise financeira que assola o país aumenta o número de famílias vivendo na pobreza e extrema pobreza, em Cáceres.

Levantamento da secretaria municipal de Ação Social aponta para 4.495 famílias cadastradas nos programas sociais do governo federal, principalmente “Bolsa Família” e “Minha Casa Minha Vida” – que beneficiam pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema no país.

Levando em conta a média de 4 integrantes por família, são 18 mil pessoas, equivalente a 21,2%.% da população de 90.881 habitantes, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017 em Cáceres.

            O crescimento do número de pessoas que vivem na miséria no município é preocupante. Coordenador Administrativo da Secretaria de Ação Social, Higor Fauber Lemes explica que, cada cidade dispõe de um percentual para inserção de novas famílias em programas sociais do governo.

E, conforme o IBGE, segundo ele, a “cota” de famílias com esse perfil, em Cáceres, já se esgotou há mais de um ano. “Muitos estão na fila, mas a cota de Cáceres já está esgotada há mais de um ano. E, o governo federal só autoriza novos benefícios se houver saída de famílias antigas do programa”.

            Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) são consideradas famílias extremamente pobres as que sobrevivem com renda de até 1/4 do salário mínimo, mensalmente, por pessoa. E as famílias que sobrevivem com até meio salário se encontram em “pobreza absoluta”. Em Mato Grosso, conforme o instituto cerca de 620 mil pessoas vivem nessa situação.

O coordenador explica que são beneficiadas com os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, famílias que sobrevivem com vencimento de 0 a 85 reais mensal por pessoa.  

“A maioria dos beneficiários dos programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida tem o perfil de pobreza e extrema pobreza. Ou seja, que sobrevivem com vencimento de zero a 85 reais por pessoa mensalmente” diz frisando que os cancelamentos dos benefícios que ocorrem, mensalmente, são menores de que as procuras de novas famílias para se inserirem nos programas.

Destaca ainda que, o levantamento que apontou 4.495 famílias cadastradas nos programas é referente ao final do ano de 2016 e que perto de 100 novas inscrições já foram realizadas neste ano. Higor enfatiza que a Secretaria de Ação Social irá realizar, a partir deste mês, a Revisão Cadastral dos beneficiários.

Informa que, uma equipe da Secretaria de Ação Social fará visitas nas residências para comprovar se os beneficiários mantém o perfil para permanecer nos programas.

“Vamos averiguar caso a caso. Se houver constatação de que há pessoas que já não se enquadram no perfil, o benefício será cancelado imediatamente” diz prevendo que haverá muitos cancelamentos. “Em todas as revisões sempre há cancelamentos, acredito que neste ano não será diferente”.

O desemprego, devido a crise que assola o país, é apontado pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) como a principal causa do aumento da pobreza no Estado. Estudo mostra que existem 620 mil pessoas que vivem em situação de pobreza. Desse total, cerca 111 mil vivem em extrema pobreza. Os dados são do IBGE. De acordo com a Setas, só no ano passado, cerca de 17 mil vagas de emprego “sumiram” de Mato Grosso. Desempregados que engrossaram as estatísticas de empobrecimento da população.v Imprimir