A vitória de Emanoel Pinheiro (PMDB), em Cuiabá, produziu dois fenômenos que mexem com o cenário político de Mato Grosso a partir de hoje. O ressurgimento do PMDB e o iniciou do processo sucessório ao governo do Estado. Com Pedro Taques (PSDB) em desgraça, Jayme Campos (DEM), Wellington Fagundes (PR), Carlos Bezerra (PMDB) e outros descontes já formam um megabloco de oposição que vai minar o resto do mandato do Mini Collor.
 
Efeito
 
O primeiro efeito será a migração de políticos de centro e de direita para oposição, especialmente os que não tem mandato e não foram prestigiados por Taques, mesmo tento votação expressiva na eleição de 2014. Em Cáceres um dos que podem passar a compor a oposição é o ex-prefeito Túlio Fontes (PSB), que é amigo pessoal do Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TEC), Antônio Joaquim, cotado para ser pré-candidato ao governo pelo PMDB. Suplente de deputado federal pelo PSB, Túlio já trabalha um projeto para 2018, que está entre a disputa de uma cadeira na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
 
Candidaturas
 
Por falar em candidaturas a deputado, o médico Sérgio Arruda (PSD), confidenciou a uma fonte da Coluna, que é candidatíssimo a deputado estadual em 2018. E mais, vai buscar apoio no grupo de sustentação do deputado doutor Leonardo (PSD). Além de Ginho, estarão na disputa de 2018, o professor Adriano Silva (PSB) e doutor Eduardo do Regional (sem partido). Esses são os nomes mais fortes e com densidade eleitoral, o resto será só para atrapalhar, como sempre.
 
Francis
 
Por falar em projeto de 2018, uma importante fonte ouvida recentemente pela Coluna, revelou que o prefeito Francis Maris (PSDB), já estuda com muito interesse a possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara Federal em 2018. Caso isso venha a ocorrer, a vice Eliene Liberato Dias (PSDB) viraria prefeita por dois anos e o deputado doutor Leonardo (PSD), poderá ter a carreira encerrada caso se confirme a enxurrada de candidato a deputado estadual da cidade e da região. O bom de Francis vir a ser candidato a federal é que ele pode mandar para a vala o ineficiente Ezequiel Fonseca (PP).
 
Rodizio
 
Nos próximos dias a Câmara de Cáceres deve colocar em votação a proposta do vereador Cabo Pinheiro (PSB) que estabelece rodizio por motivos pessoais, oportunizando os suplentes a assumirem uma vaga. Eu particularmente sempre defendi esta proposta, por que ninguém se elege sozinho. São trintas suplentes que ao longo dos próximos quatro anos poderão exercer a função de vereador e honrar os votos recebidos. Não há nada de imoral e ilegal nessa proposta.
 
Aumento
 
Da mesma forma que não há ilegalidade e imoralidade na correção dos salários dos vereadores, secretários, prefeito, vice e coordenadores da prefeitura. O aumento é legal e será imposto. Setores da sociedade podem até achar injusto e imoral, mas a classe política, que está e que estará no poder a partir de janeiro, não está nem aí para isso. Recentemente um vereador eleito pelo grupo do prefeito Francis Maris (PSDB) usou o grupo do ACEC no aplicativo WhatsApp para defender o aumento.
 
Caras de pau
 
Na semana passada quando o assunto foi levado ao plenário da Câmara, foi patético ver os vereadores que não se reelegeram e que não disputaram a eleição, fazendo doce para não aprovarem o aumento. Só estão fazendo isso porque levaram tinta.