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05/09/2016 - 13:36 | Atualizado em 05/09/2016 - 10:13

Constrangimentos

A política é um dos poucos ambientes onde adversários de hoje, podem se tornar aliados futuros por interesses pessoais. É justamente por conta disso, que popularmente costuma-se dizer que a política não é lugar para gente séria. Em Cáceres, a recém união do prefeito Francis Maris (PSDB), com o governador Pedro Taques (PSDB) e o deputado estadual doutor Leonardo (PSD), adversários na última eleição, produziu uma situação inusitada na última sexta-feira, 2, durante ato de lançamento da campanha à reeleição do prefeito, que contou com a participação do governador e do deputado. O visível desconforto dos ‘soldados eleitorais’ de Leonardo (PSD) tendo que bater palmas para Francis e o constrangimento da militância da coligação em ter no seu palanque o governador Pedro Taques (PSD), que nesse momento é o pior cabo eleitoral que um candidato pode querer em Mato Grosso por conta do seu desgaste político, especialmente com os servidores públicos.
 
Pastorello
 
O servidor da Justiça do Trabalho Cézare Pastorello que está disputando uma vaga na Câmara de Vereadores pelo PSDB, já vendo sendo visto por alguns observadores políticos ouvidos frequentemente pela Coluna, como uma opção para suceder o prefeito Francis Maris (PSDB), numa eventual reeleição. Fui medir essa possibilidade junto aos ‘endinheirados’ que apoiam o prefeito, e percebi que ele tem a simpatia da maioria que inclusive está apoiando a sua candidatura à vereador, uma grande incógnita.
 
Inútil
 
Por falar em Pastorello, recentemente vi um exemplo de como a pratica da atual legislatura da Câmara de Vereadores de Cáceres, marcada pela distribuição farta de Moções e Títulos de Cidadão, pode não dar o resultado normalmente almejado pelos parlamentares. Topei com uma figura conhecida na cidade que recebeu um Título de Cidadão Cacerense do vereador Alvacir Alencar (PP), mas que é cabo eleitoral do ‘Sabe tudo’.
 
Efeito
 
A ‘pipocada’ do deputado doutor Leonardo (PSD), em abandonar a oposição e se aliar ao maior adversário, segue surtido fortes efeitos. Como venho alertando há tempos, a manobra pode e deve abreviar sua carreira. Em um rápido levantamento, já contabilizei ao menos seis pré-candidatos a deputado estadual que vão as urnas em 2018 justamente porque Leonardo não teve competência para se articular e transformar potenciais adversários em aliados. Estão no páreo, o deputado Adriano Silva (PSB), Celso Silva (DEM), Túlio Fontes (PSB), Marcinho Lacerda (PMDB), Neto Gouveia (PSD) e Doutor Eduardo Lima (Sem partido). A grande prova de que Leonardo é fraco como liderança, é que até o seu ex-candidato a prefeito, o médico Sérgio Arruda (PSD), já está em pré-campanha para estadual. Nas mídias sócias, já está rodando o slogan ‘Toro 2018’.
 
Moralizando
 
Como resultado da mini reforma eleitoral que entrou em vigor a partir deste ano, a Justiça Eleitoral está proibindo de servidores públicos de todos os níveis de vincularem seus nomes aos órgãos em que trabalham com objetivo eleitorais. Em Cáceres, o juiz Wladys Roberto Freire do Amaral, fez a Lei valer a risca. Denis e Jair do Hospital Regional e até o querido Beto do Banco do Brasil, tiveram que alterar o material de propaganda por conta da medida.
 
Coordenadores
 
Os secretários afastados Nelci Longhi (Educação), Júnior Trindade (Fazenda) Wilson Kishi (Governo) e os ‘soldados eleitorais’ do deputado Leonardo (PSD), Cynara Piran e Vilson Sato, fazem parte da equipe de coordenação da campanha à reeleição do prefeito Francis Maris (PSDB). Eles são apoiados por um braço jurídico formado pelos advogados Raquel Mendes, Lindomar Resende, Maycon Oliveira e o experiente José Renato de Oliveira. Vamos ver como eles vão se sair.
 
('Notícia retirada por determinação judicial em virtude do descumprimento da legislação eleitoral vigente')
 
Padrinhos
 
Ao menos três candidatos a vereador estão apostando em seus padrinhos políticos para se eleger. O radialista Luiz Garcia da Rádio Difusora aposta no apoio do grupo pessoal do deputado Adriano Silva (PSB), já Café no Bule, colou no deputado doutor Leonardo (PSD). Quem também pode surpreender usando este mecanismo é Moacyr Barbosa do PSB cuja a campanha é coordenada pelos ex-vereadores Celso Fanaia, Gabriel Alves de Moura e Célio Silva.
 
Pau a pau
 
Se tem um grupo de candidatos a vereador animado para eleição deste ano, são os do PTN. Com a eminente possibilidade de chegar a Câmara com 500 votos, por conta da construção de uma aliança com o PPS, Wagner Barone, Eliel da Rocha, Creude Castrillon e Josué Alcântara, ‘estão andando mais que formiga de lenha’. 
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