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22/08/2016 - 08:46 | Atualizado em 22/08/2016 - 05:46

No gogó

Na minha avaliação, com a limitação do carro de som, balançadores de bandeiras, placas e outros tipos de propagandas vetadas por um TAC formalizado com os candidatos a prefeito e pela recente reforma eleitoral, a eleição deste ano será definida pela capacidade de convencimento dos candidatos nos programas de rádio e tv, para os candidatos a prefeito e, em reuniões e comícios pelos candidatos a vereador. Com a campanha limitada a apenas 45 dias, os candidatos a vereador terão que se desdobrar para identificar e convencer os seus eleitores. Alguns analistas políticos da cidade ouvidos pela Coluna têm dito que essas mudanças favorecem quem já tem mandato, eu particularmente discordo, e acho que elas colocam todos em pé de igualdade. Todos terão o mesmo tempo para convencer que serão bons representantes e porque querem continuar. Em função do desgaste do mandato, vejo que neste aspecto os novatos levam vantagem.
 
Vantagem
 
E vou mais além. Nesta eleição, vai se concretizar uma previsão feita há alguns anos pelo jornalista Onofre Ribeiro, quando esteve em Cáceres em uma palestra no Sebrae voltada a jornalistas, cujo tema foi justamente o perfil do futuro político. Na época, o veterano jornalista previu que em função do descredito do atual modelo político brasileiro, os futuros representantes passariam a vir de setores segmentados. Representando classes, entidades e segmentos organizados da sociedade. E pelo que tenho visto, ele estava certo. Tomo como exemplo, os candidatos a vereador com grandes chances de eleição pela Frente Popular composta pelo PV, Solidariedade, PT e PC do B. Orlandir Cavalcanti (PT), representa os professores, Fabio Lourenço (SDD), os servidores da prefeitura e Rosinei Neves (PV), os policiais civis.
 
Erro
 
Com pouco tempo de campanha, principalmente os candidatos a vereador, não podem cometer erros e insistirem em táticas que se não forem feitas de forma profissional, não darão resultado concreto. Esse é o caso do uso de redes sociais populares como o WhatsApp e o Facebook. Para ganhar o voto, não bastar apenas se apresentar. Tem que mostrar propostas e provar que elas são possíveis de serem concretizadas. E tem mais, com pouco tempo de campanha, não se pode de maneira alguma perder tempo pedindo votos para quem não conhece. O segredo é convencer quem já conhece de sua capacidade e proposito. Diante desta situação, também se transforma em uma grande perda de tempo, colocar na rua uma centena de cabos eleitorais simplesmente para distribuir santinhos. Em uma eleição como a atual, cabo eleitoral precisa ser uma liderança com capacidade de angariar votos dentro do seu círculo familiar e de amizade.
 
Conhecimento
 
E não bastas apenas ter votos. O candidato a vereador que realmente quer vencer a eleição precisa saber o seu peso eleitoral e sua condição de disputa dentro da sua coligação. Um exemplo bem claro disso, são as duas chapas proporcionais que apoiam a reeleição do prefeito Francis Maris (PSDB). Por absoluta falta de planejamento político, as duas coligações concentraram candidatos com alta densidade eleitoral o que torna a disputa por cinco vagas de alto nível. Na minha modesta avaliação, dificilmente, entre os cinco eleitos teremos vereadores com menos de 800 votos. Situação que não irá ocorrerá com as coligações que apoiam o deputado Adriano Silva (PSB) e Félix lavares (SDD), que podem eleger vereadores com menos de 500 votos, como é o caso da Frente Popular.
 
Marqueteiros
 
Paralelamente ao dilema dos candidatos a vereador, os candidatos a prefeito, estão com suas atenções voltadas para o orçamento financeiro. A espinha na garganta de todos nos últimos dias tem sido definir o marqueteiro e a estrutura para produção dos programas para rádio e tv. Estes dois itens, são fundamentais e costumam consumir quase metade do orçamento, já que são caros. O prefeito Francis Maris (PSDB), relevou a Coluna que contratou um marqueteiro carioca cujo o primeiro nome é Marcelo. A equipe de mídia terá profissionais de fora e poucos de Cáceres. Já o deputado Adriano Silva (PSB), optou pelo cineasta Caca de Souza, experiente em campanhas no Estado, inclusive já fez uma em Cáceres. A equipe de mídia segue os mesmos moldes da de Francis. O único que ainda não definiu sua equipe de marketing e produção é Félix Álvares (SDD) da Frente Popular. Ele já tem nomes em vista, mas aguarda uma posição jurídica sobre o deferimento do seu pedido de registro para colocar o bloco na rua. Apesar da indefinição, ele já tem um planejamento pronto. O coordenador geral da campanha será o petista James Cabral. Por falar em James, ele é o nome mais cotado para substituir Félix, caso ele não consiga se registrar. Neste caso, o petista seria o vice do corretor Omar Veggi (PC do B), que assumiria a condição de cabeça de chapa.
 
Justiça
 
Na edição anterior, recebei críticas de leitores, especialmente candidatos a vereador sobre a menção de favoritos a eleição para a Câmara. Quero deixar claro que a menção foi feita pelo fato da maioria dos citados serem o já terem sido vereadores o que de certa forma lhes conferem certa vantagem, porém reconheço que o quadro é totalmente indefinido até porque existem nomes na disputa que podem surpreender como é o caso do empresário Creudes Castrillon, presidente da Apropira que disputa pelo PTN.
 
Baixa
 
O casal Celso Fanaia e Marlene Fornanciari Teixeira, militantes históricos do PSDB devem se desfiliar na legenda nas próximas horas para emprestarem apoio à candidatura do deputado Adriano Silva (PSB). A forma com que Marlene foi tratada pelo atual prefeito quando deixou a secretaria de Finanças no início da atual gestão, é o principal motivo do rompimento.
 
Surpresa
 
Com a desistência de Zé Antônio e a possível cassação da candidatura de Luiz da Guia, a disputa para vereador no Distrito do Caramujo a 30 quilômetros do centro de Cáceres deve ficar polarizada entre Nenê Pereira (PP) e Manoel Leiteiro (PTB). O desgaste do mandato pode fazer com que Leiteiro seja superado, resta saber Nenê terá voto suficiente para se eleger.
 
Já ganhou
 
O clima de já ganhou dentro do grupo de apoio do prefeito Francis Maris (PSDB) é tão grande que até cargos já estariam sendo loteados. Uma fonte da Coluna garante que um dos acordos para que o deputado doutor Leonardo (PSD) apoiasse o rival é que ele tivesse o direito de indicar o próximo secretário de Saúde. Se isso for verdade, o primeiro emprego do ‘Thebestinho’ está com os dias contados. Eu já sei até o nome do substituto, mas só conto na próxima Coluna.
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