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11/07/2016 - 13:00

Extemporânea

Pré-candidatos a vereador e a prefeito de Cáceres estão correndo o risco de terem suas candidaturas cassadas por propaganda eleitoral antecipada. Nos grupos de WhatsApp e até nas emissoras de rádio, já há indícios suficientes para cassar candidaturas de uma dezena de espertinhos. Sugiro ao doutor Rinaldo Segundo, promotor eleitoral deste ano na cidade, que ouça os programas matinais das rádios e dê uma olhada nas redes sociais.
 
Gogó
 
O PTB assim como o PSDB, que são da base governista em Cáceres começou o ano arrotando que iria fazer vereador com chapa pura. Na semana passada fui a uma reunião do partido e constatei o que sempre imaginava. Só com Salvador, Manoel Leiteiro, Zacarkim e Rubens Macedo, não faz legenda para eleger nenhum. Vai ter que buscar coligação assim como a maioria dos partidos que vão para a disputa de vereador.
 
Vende-se
 
Por falar em buscar coligação para fazer legenda, outro dia conversei com um importante líder político de Cáceres que revelou que um partido que tem vinte pré-candidatos a vereador custará aos pré-candidatos a prefeito na eleição deste ano no mínimo R$ 100 mil. Ele explicou que este valor cobrirá somente as despesas com material de divulgação, combustível e três cabos eleitorais por candidato.
 
Quem vai querer?
 
Sem um candidato a vereador está valendo R$ 5 mil por 45 dias de campanha, imagina então quanto vai custar para tirar do páreo eventuais pré-candidatos a prefeito e vice. Há dias tenho observado o movimento de ‘comerciantes profissionais da política’ de Cáceres que aos poucos estão se juntando, conforme o interesse pessoal de cada um. Soldados eleitorais de olho em uma boca na prefeitura e oficiais mais graduados, preocupados com a eleição de 2018 já fazem grandes reuniões na cidade. 
 
Baixa
 
Por falar em comerciantes da Política, o PP pode perder um importante pré-candidato a vereador. O campeão de votos das últimas eleições em Cáceres, o vereador Alvacir Alencar (PP) tem dito a pessoas próximas que pode encerrar a carreira por problemas de saúde que o mantém inclusive afastado da Câmara neste momento. Mas, há outras informações de bastidores que dão conta de que na verdade, Alencar teme não conseguir o registro de candidatura por conta de condenações na Justiça em processos de improbidade administrativa. Se isso for verdade, o grupo do vereador deve acabar já que o seu eventual substituto, Jorge Augusto não se desincompatibilizou da prefeitura.
 
Facada nas costas
 
Se tem um ambiente onde a ‘facada nas costas’ come solta, esse é a política. O caso mais recente é do vereador Edmilson Tavares (PR). O mais leal defensor do prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), está sendo apunhalado dentro do gabinete do próprio prefeito. Uma fonte ligada ao ‘rei da coxinha’ revelou esta semana a Coluna, que com o aval do prefeito, o grupo de empresários e rotarianos, que apoiou maciçamente a eleição de Tavares, fechou apoio a pré-candidatura do homem que entende de pinico a bomba atômica, Cézare Pastorello. Se já não bastasse a traição dentro da administração, Tavares também está sendo minado dentro da Rádio Difusora onde trabalha. A dona emissora, Maridalva Amaral Vignardi, assim como a maioria dos funcionários da Casa, não esconde a simpatia pela pré-candidatura do radialista e jornalista Luiz Garcia (PSB) que está na Rádio há quase trinta anos.  A emissora tem ainda como pré-candidato o radialista Júlio Vidal que está no PSD.
 
Forte
 
Por falar em Garcia da Difusora, ele é um dos fortes concorrentes a uma cadeira na Câmara de Cáceres. As suas chances são tão grandes que até um dos principais líderes do PSB, o deputado estadual Adriano Silva tem se empenhado em ajudar na consolidação da sua pré-candidatura. Fontes próximas ao deputado, revelaram a Coluna, que o empenho de Adriano em eleger Garcia é uma forma de ele se vingar de ex-aliados como o vereador Salmo César (PMDB) e o próprio Tavares (PR), que tiveram o seu apoio na eleição passada, mas nunca usaram a Tribuna para o defender.
 
Bobinho
 
Os vereadores Manoel Leiteiro (PSDB) e Marcinho Lacerda (PMDB), da Câmara de Cáceres estão em pé de guerra há dias. Uma fonte revelou que os desentendimentos se intensificaram depois que Leiteiro apresentou uma indicação para que a Câmara, que está com mais de um milhão caixa e não dá conta de gastar, destine R$ 60 mil mensais até o final do ano para que a prefeitura compre diesel para recuperar estradas da zonal rural.  Uma fonte próxima a Marcinho revelou que ele se recusa a atender o colega e a demanda importuníssima, porque quer fazer uma grande reforma na Câmara para marcar a sua gestão. Ele inclusive já teria conseguido aderir a uma ata para fazer a obra, melada no começo do ano pelo Observatório Social. Os gastos na reforma devem ultrapassar os R$ 600 mil.
 
À tona
 
Por falar em Marcinho Lacerda (PMDB), uma importante fonte da Câmara de Vereadores revelou a Coluna que um dos entraves para a criação do Conselho Municipal de Saneamento Básico, seria o fato de Marcinho ter se indicado para compor o Conselho como representação da Câmara, fato que o prefeito Francis Maris (PSDB), não aceita. A fonte acrescentou ainda, que o prefeito resiste na implantação do Conselho porque ‘vários malas’ estão pleiteando assento no Conselho.
 
Valorizado
 
O advogado Ronaldo Lima, que Marcinho trocou pela ex-secretária de Administração da prefeitura, Silvia Mara, teve sua competência reconhecida pela prefeitura, que aceitou a sua indicação para cuidar do setor de licitações da Águas do Pantanal. Em poucos dias veremos que o problema na Câmara não estava no funcionário e sim no chefe.
 
Enxugando
 
Nas próximas duas semanas os partidos que compõem a Frente Popular fecharão internamente o nome do pré-candidato de cada legenda a prefeito de Cáceres na eleição de outubro. A expectativa é que o número de pré-candidatos que hoje é doze, cai para a metade. Eu particularmente acho que o número deve chegar a no máximo quatro até a grande convenção conjunta no dia 5 de agosto.
 
Risco
 
Na minha avaliação, o deputado estadual doutor Leonardo (PSD), precisa acordar e entrar de cabeça no processo eleitoral em Cáceres. Digo isso porque se o seu grupo político não conseguir se inserir no poder municipal a partir do ano que vem, o maior prejudicado será o deputado que corre o risco de não se reeleger.
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