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09/04/2009 - 00:00

Crianças portuguesas encontradas em MT voltam para Portugal

Folha Online Três crianças portuguesas encontradas em um assentamento rural em Nova Mutum (MT) foram repatriadas nesta quarta-feira e viajaram a Portugal após passarem quatro meses no Brasil sem a companhia dos pais. Nascidos em Açores, os três garotos (de 10, 12 e 13 anos de idade) foram adotados há seis anos por um casal português e estavam desde dezembro no Brasil com a professora brasileira Joelma Alexandra Guerra. Segundo o juiz Gabriel Matos, da Vara da Infância e Juventude, os pais adotivos serão investigados pela Justiça portuguesa por abandono de incapaz. Os nomes dos pais das crianças não foram divulgados. Os garotos foram encontrados no dia 25 de março no assentamento rural Pontal do Marapi, após o Conselho Tutelar receber uma denúncia de que havia uma brasileira com três crianças estrangeiras no local. Havia a suspeita, descartada pelo juiz, de que as crianças tinham sido sequestradas. Depois que foram encontradas no assentamento, as crianças foram levadas para um abrigo, onde ficaram por 12 dias. Segundo o Conselho Tutelar, Joelma era babá das crianças em Coimbra (Portugal). Em dezembro de 2008, ela retornou para a cidade de Faxinal, no Paraná, e, dias depois, a mãe das crianças desembarcou no país com as crianças. Quando a mãe voltou para Portugal, deixou os filhos com a babá para que viajassem pelo Brasil. Segundo o juiz, Joelma se mudou para Nova Mutum, onde passou a trabalhar em uma escola rural. Ela chegou a prestar depoimento, mas depois não foi mais localizada. No depoimento à Justiça, a mulher portuguesa disse que não buscou os filhos porque estava se separando do marido. Por conta da suspeita de abandono, os garotos foram entregues ontem para um representante da embaixada portuguesa. A embaixada diz que intermediou a repatriação das crianças e cumpriu uma decisão dos Judiciários dos dois países, que "constataram o abandono das crianças". Em Lisboa, as crianças serão entregues à Segurança Social, órgão responsável pela proteção de crianças e adolescentes. Imprimir