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09/04/2009 - 00:00

Greve de médicos mantém suspensas cirurgias no Hospital Regional de Cáceres

Sinézio Alcântara Jornal Expressão As cirurgias eletivas e os atendimentos ambulatoriais continuam suspensos no Hospital Regional de Cáceres. Os médicos atendem apenas procedimentos de emergência. A recusa é um protesto para exigir aumento de 100% do salário de interiorização de R$ 2 mil para R$ 4 mil. Eles reivindicam também melhores condições de trabalho. A situação é considerada caótica. De acordo com a direção hospitalar, muitas cirurgias estão sendo proteladas. Algumas há mais de 30 dias. Os pacientes estão sendo deixados nas macas, nos corredores do hospital. Há relatos de que faltam desde equipamentos até simples materiais de trabalho. A chamada “operação tartaruga” foi deflagrada no dia 23 de fevereiro. O novo diretor, José Eduardo Barbosa Barros, reuniu-se com uma comissão da categoria, na segunda-feira, mas não conseguiu convencê-los a mudar de idéia. O salário de interiorização é pago através do Consórcio Intermunicipal de Saúde. Além disso, os médicos recebem por produtividade e plantões, através da secretaria de Estado de Saúde, salário que, no total, chegam a R$ 10 mil mensal. Está agendada para próxima segunda-feira, uma reunião, em Cuiabá, com o deputado federal Pedro Henry e o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, para definir a situação. Uma das principais reivindicações da categoria é a equiparação do pagamento de interiorização com os demais hospitais regionais do Estado. Os grevistas alegam que a diferença fere os princípios constitucionais da igualdade e equidade haja vista que as atividades laborais, segundo eles, são equivalentes. Ao considerar o desconto do pagamento de interiorização “ilegal e abusivo” nos períodos de férias, tratamento de saúde, nascimento de filho, casamento, luto, licença maternidade, licença prêmio, congressos e atualizações médicas, eles exigem que o hospital não pratique o desconto no salário dos médicos, desde que comunicados formalmente à diretoria clínica com antecedência. Reivindicam o pagamento de interiorização/produtividade até o 5º dia útil de cada mês, com tolerância máxima de 5 dias úteis, sob pena de paralisação imediata dos serviços médicos. Por fim alertam para que não seja praticado nenhum tipo de retaliação tais como: desconto dos dias paralisados ou demissões de servidores, pontos cruciais de retorno às atividades normais. E, que os acordos firmados na negociação sejam transcritos em contrato devidamente assinados pelas partes. Ao todo, cerca de 70 médicos, atendem no Hospital Regional “Dr. Antonio Fontes”. Imprimir