O prefeito Francis Maris Cruz admite a falha na secretaria de Finanças que gerou o pagamento em duplicidade para um grupo de fornecedores e servidores da prefeitura, mas, descarta possível rombo e prejuízo as contas do município. Ele diz que os servidores, a maioria professores e fornecedores que receberam em duas oportunidades os salários e prestação de serviços, respectivamente, estão devolvendo o valor pago indevido. E, eventuais prejuízos terão que ser restituídos pelo então secretário de Finanças, Bruno Frank Teixeira.
“Os servidores que receberam duas vezes foram acionados e alguns já estão devolvendo o salário pago em duplicidade, assim como os fornecedores. Mas, se alguém não devolver, o valor terá que ser restituído pelo secretário da época” afirmou explicando que na prefeitura existe a lei de descentralização que atribui ao secretário toda responsabilidade da pasta que ocupa. Francis assegura que por essa razão não haverá prejuízo para o município. Ele também descarta possível rombo de R$ 3 milhões como foi noticiado.
“Não temos ainda o valor exato do pagamento em duplicidade porque a conciliação das contas – conferência entre o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e a secretaria de Finanças - ainda não foi concluída. O que sabemos é que não chega a R$ 300 mil. Se fosse um rombo de três milhões a prefeitura estaria quebrada” diz explicando que a falha ocorreu à época da rescisão do contrato dos professores, exatamente, segundo ele, durante a mudança do setor de informática da prefeitura. “Na ocasião da troca do sistema houve um desencontro de informações entre o secretário e a tesoureira, ocasionando o erro”.
Francis diz que, assim que foi informado, determinou a instauração de uma Sindicância Administrativa Interna para apurar a situação. E, que o resultado chegou à Câmara, mas precisamente, ao vereador Edmilson Campos, “porque certamente alguém que trabalhou no caso roubou a documentação e passou para o vereador” diz acrescentando que “a nossa administração sempre pautou com lisura e responsabilidade”.
Controlador Geraldo do Município, Arnaldo Donizete Traldi, convocado pela Câmara Municipal para prestar esclarecimento, nesta segunda-feira, adiantou ao Jornal Expressão que houve pagamento em duplicidade a apenas um grupo de cerca de 20 professores e três fornecedores. Explicou que, a maioria dos professores está devolvendo o valor pago indevido, de forma parcelada. Em relação aos fornecedores, Traldi diz que, também estão fazendo a devolução. Assim como o prefeito, o controlador estima o valor pago em duplicidade de cerca de R$ 300 mil.
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