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02/05/2016 - 12:47

Fazenda de viúva

Ao avaliar nos últimos a movimentação do grupo do deputado estadual doutor Leonardo (PSD), concluí que ele está dividido em três e isso é péssimo para quem postula a disputa da prefeitura de Cáceres. Há o grupo do pré-candidato a prefeito Sérgio Arruda (PSD), o grupo do principal Assessor do deputado, Celinho Silva e o grupo do pelotão de choque do deputado, formado pela turma do holerite. Como já disse em edições passadas, o único que pode acabar com essa divisão e colocar ordem na casa é o próprio Leonardo. Só não pode demorar porque a vaca já está andando em direção ao brejo.
 
Bagunça
 
Para vocês terem uma ideia do nível de desorganização do grupo, outro dia um conhecido membro do bloco de Sérgio Arruda chegou ao cumulo de afirmar durante uma reunião com integrantes de outros partidos, que a vaga de candidato a vice do cardiologista custa R$ 500 mil. O assunto foi parar na reunião da Frente Popular na semana passada.
 
Novato
 
Por falar em Frente Popular, Omar Veggi Atala da Imobiliária Satélite é o nono pré-candidato a prefeito pelo bloco. Ele foi indicado pelo PC do B. Omar pertence à família proprietária da Construtora Paiaguás que está fazendo casas do Minha Casa Minha Vida no Santos Dumont e no Vila Irene. A empresa já fez 1.130 e deve fazer mais 600 nos próximos meses nos dois bairros dentro da terceira fase do programa federal que será liberada este mês.
 
Desânimo
 
Outro dia conversei com o ex-vereador Josias Modesto (PSDB), que mostrou desânimo em voltar a concorrer a uma cadeira na Câmara de Cáceres este ano. Ele não revelou diretamente os motivos, mas pude perceber durante a conversa que a situação das ruas dos bairros que formam o seu reduto eleitoral e consequentemente a alta rejeição do prefeito Francis Maris (PSDB) nestes locais, podem levá-lo recuar.
 
Em queda
 
E as chances de reeleição do prefeito de Cáceres, tem outros motivos para diminuírem a cada dia. Na semana passada, o município cumpriu a promessas e iniciou o protesto de mais de seis mil pessoas que devem principalmente o IPTU. Os nomes dos devedores saíram na maioria das edições do jornal Correio Cacerense que circulou de terça a sábado. De acordo com planos da gestão, o próximo passo é mandar os nomes para órgãos de proteção ao crédito como SPC/Serasa.
 
Má gestão
 
O desespero da prefeitura em arrecadar tem várias explicações entre elas é que a administração ‘paixão em administrar’ não conseguirá mais protelar e vai ter que pagar mais de R$ 25 milhões em dívida com a empresa de energia. Para quem não sabe, o mega gestor, além de não honrar o parlamento feito pela gestão anterior, não vinha pagando a conta da sua gestão, beneficiado por uma ação na Justiça. Acontece que a fonte secou e o município vai ter que pagar de uma forma ou de outra. O assunto tem hora para chegar a Câmara que precisará aprovar um eventual novo parcelamento.
 
Consequência
 
A má gestão da prefeitura de Cáceres não tem limites. Por causa da falta de autonomia dos secretários, os servidores farão uma paralisação de advertência no próximo dia 13 e podem parar definitivamente na sequência, porque o município não consegue resolver problemas simples como aprovar o plano de cargos e carreiras da educação, a transmutação de regime dos agentes de saúde e endemias e implementar o pró-funcionário. A imagem da atual gestão esteve retratada na Assembleia dos servidores realizada na semana passada. Enquanto as secretárias Marli Ferreira (Administração), Nelci Longhi (Educação) e o Controlador Arnaldo Traldi tentavam dar respostas e evitar o pior, o secretário de Governo, Wilson Kishi comeu seis sanduiches, bebeu quatro cafés e saiu de fininho, sem abrir a boca.
 
Fraquinha
 
A mega gestão da cidade tem se mostrado fraca em vários setores. Um dos exemplos, é a grande inovação para o Festival de Pesca deste ano. Além das pescas de canoa, infanto juvenil e motorizada, teremos o ‘FIP dos Véios’, uma prova para pessoas com mais de sessenta anos. É isso que dá colocar curiosos para mexer com turismo.
 
Inconsequente
 
Como sempre disse a respeito deste caso, a culpa não é dos servidores, especialmente os de carreira e que não ocupam cargos de confiança. A culpa é do prefeito que também é um curioso. Quem assistiu o seu discurso oportunista no lançamento do FIP sobre o pesque solte, atestou que Francis não mede literalmente as consequências. Implantar o pesque e solte é arrebentar com 30% da economia da cidade. Aí ele vai vender carro e moto para quem? E tem mais: o prefeito não tem cuidado de perto do setor de licitações e pode amargar mais dissabores nos próximos dias. A empresa que ganhou a licitação de mais de um milhão para concluir o Parque Sangradouro lançado há dez anos, parece não ter cacife para bancar a obra. Uma pena!
 
Só festa
 
Por falar em FIP, a Sematur, conhecida também como secretaria das festas, precisa acordar e tratar com prioridade o Conselho Municipal de Turismo e as ações do setor. Precisa conduzir a reformulação urgente do Conselho para que ele trate com prioridade de questões como o pesque e solte e a liberação da pesca do Dourado, defendida por membro da ASATEC.
 
Empenhado
 
Por falar em FIP, o deputado doutor Leonardo (PSD), confirmou a Coluna que além dos R$ 500 mil de emendas dele e do deputado Guilherme Maluf (PSDB), deve destinar mais recursos para preparar a cidade para o evento. O deputado disse que já foram liberados R$ 500 mil para tapa-buracos, de emenda sua do ano passado. Sobre a Piracema de seis meses, que afetará diretamente a Cáceres, o deputado disse que vai fazer uma discussão com setor e o governo do Estado antes que a medida seja colocada em pratica. Inclusive disse vai tentar fazer um evento em Cáceres nos próximos dias e vai propor a realização da sessão itinerante da Assembleia na cidade para ampliar a discussão com os colegas de parlamento.
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