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18/04/2016 - 14:33

Rachado

O deputado estadual doutor Leonardo (PSD), precisa imediatamente tomar as rédeas do seu grupo político antes que o ‘Estado Islâmico’, acabe com ele, antes da eleição. Digo isso, porque depois que o vereador Célio Silva lançou o irmão, Celso, pré-candidato a prefeito pelo DEM, agora foi a vez do considerado Marcelão Cardoso da Radio Jornal AM, lançar o ex-vereador Leomar Mota como mais um pré-candidato a prefeito pelo PSD. Apesar de ter certeza que essa movimentação está associada principalmente a não decolagem da pré-candidatura do cardiologista Sérgio Arruda (PSD), vejo que o deputado precisa assumir o comando da articulação política de outubro próximo sob pena de passar de ator principal a coadjuvante do processo. Errar este ano é colocar em risco reeleição.
 
Beiradas
 
Enquanto alas distintas brigam pelo poder interno, o vereador Edmilson Campos (PSD), segue ‘comendo pelas beiradas’, colado em Leonardo. Aliás, é o vereador, por meio de sua articulação com os colegas da mídia, que vem conseguindo inserir o deputado nos principais veículos de imprensa da cidade. Leonardo, como a maioria dos políticos de Cáceres, estão vetados na mídia por calote.
 
Força
 
Enquanto o grupo de Leonardo vai enfraquecendo, a Frente Popular, segue ganhando corpo. Em reunião realizada na semana passada na residência do petista João de Deus, o PMDB aderiu ao bloco que passou a ter seis partidos (PSB, PV, PC do B, PMDB, PT e Solidariedade). De quebra passou a ter oito pré-candidatos a prefeito e setenta pré-candidatos a vereador. Até na Câmara a Frente já é a maior força com seis vereadores: Cabo Pinheiro (PSB), Félix Álvares (SOL), Salmo César (PMDB), Tarcísio Paulino (PSB), Marcinho Lacerda (PMDB) e Domingos dos Santos (PSB).
 
Governistas
 
Assim como o grupo de Leonardo, os governistas que formam a base que vai tentar reeleger o prefeito Francis Maris (PSDB), também padecem de comando na articulação política. Enquanto não surge um nome de consenso, o guru político do prefeito Rico Zatar segue mexendo seus pauzinhos nos bastidores para se dar bem no futuro. Depois de quase desmanchar o PSDB para remontar o PTB, agora ele quer impor o nome do oftalmologista Masato Nakahara como candidato a vice-prefeito na eleição de outubro próximo. Para quem não se lembra, Masato foi vice do prefeito cassado Ricardo Henry, entre 2004 e 2008. Também foi prefeito em 1996 quando como presidente da Câmara de Vereadores, teve que assumir o município com a morte do ex-prefeito Antônio Fontes e a renúncia do vice Pedro Henry.
 
Curiosos
 
Quando eu sento a lenha nas políticas públicas do município para o setor de Turismo, tem muita gente que torce o nariz, mas vejam se eu não tenho razão. Acessos as pousadas das margens esquerda e direita do rio Paraguai inexistem. Acessos aos balneários da região da Piraputanga intransitáveis. E tem mais. Nos últimos finais de semana, visitei propositadamente vários empreendimentos nas margens do rio Paraguai e fiquei muito triste com relatos dos corajosos empreendedores, muitos desanimados e determinados a deixar o negócio, como Cecilia Vilanova, do maravilhoso Rancho Vilanova localizado no Jardim das Oliveira, na área urbana da cidade. Ela se queixou das péssimas condições do acesso e da falta de uma política de incentivo e assistência técnica para se manter na atividade. Decididamente, se quisermos ter o Turismo como base da economia, temos que acabar com os curiosos na gestão desse importante setor e criar uma entidade privada que o controle. Em Cuiabá, o modelo a ser seguindo é da Fundação Pantanal Convention and Visitors Bureau.
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