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28/03/2016 - 11:58

Líder

Recentemente partidários do prefeito Francis Maris (PSDB) e do cardiologista Sérgio Arruda (PSD), deixaram escapar nos grupos do aplicativo WhatsApp uma suposta pesquisa para prefeito em Cáceres. Todos noticiaram a liderança de Francis com a proximidade de eventuais concorrentes como o ex-prefeito Túlio Fontes (PSB), que estaria colado no atual prefeito. Mas o que os dois lados omitiram foi o verdadeiro líder das pesquisas. O líder disparado para prefeito de Cáceres este ano é o deputado estadual doutor Leonardo (PSD). Na minha avaliação, o resultado está correto e é reflexo do desgaste do atual prefeito que já ultrapassou a marca de 50%. Se a eleição fosse, a única chance de Francis continuar no comando da prefeitura seria formar uma aliança com Túlio e demais partidos. Mas isso não será fácil. Hoje a tendência maior é que Túlio se alie a Leonardo. Essa composição, aliás, tem a simpatia de partidos como o Solidariedade que integra a Frente Popular.
 
Kishi
 
O primeiro a perceber o risco da reeleição com uma possível aliança entre Leonardo e Túlio foi o ex-vereador Wilson Kishi, atual secretário de Governo e um dos gurus políticos de Francis. Na semana passada, ele inclusive começou a usar o seu site, o Yakisoba News, para desencadear uma estratégia para rachar o PSB de Túlio Fontes. Colocou o vereador Cabo Pinheiro (PSB), para bater em Leonardo. Ele também queria usar a vereadora Valdeniria Dutra (PSDB), que está magoada por ter sido preterida pelo grupo do deputado, mas ela não aceitou o jogo.
 
Compacta
 
Depois da saída dos oportunistas e profissionais da política, a Frente Popular se consolidou. Nesta semana, durante reunião na casa do presidente do PV, Claudinei Lara, lideranças do PC do B, PT e Solidariedade devem selar a aliança para a disputa de vagas na Câmara de Vereadores de Cáceres. O chapão deve ter 30 candidatos e a meta é eleger no mínimo três. Após duas participações na reunião do grupo, o PSB já estuda compor a Frente. Se isso acontecer, a aliança pode fazer de seis a sete vereadores.
 
Inchaço
 
O PSDB de Cáceres pode receber nesta segunda-feira, 28, as filiações do vereador Edmilson Tavares (PMDB) e do secretário de Ação Social, Claudio Henrique Donatoni (PSC). Na semana passada, a vereadora Valdeniria Dutra se filiou a legenda em busca da reeleição. Este movimento deve provocar a debanda de um grupo que se filiou no ano passado de olho em uma vaga na Câmara aproveitando uma eventual reeleição do prefeito Francis. Os ex-vereadores Rubens Macedo, Antônio Salvador da Silva, Josias Modesto e até o novato Régis Curu, já estariam com um pé fora com medo inclusive da atual vice-prefeita, Eliene Liberato Dias, presidente do PSDB, que pode virar candidata.
 
Bastidores
 
O fiscal da Secretaria de Obras, Claudiney Lima e sua diretoria foram reeleitos na semana passada para comandar o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) por mais três anos. Depois de acabar com o mandato vitalício de um grupo que se beneficiou pessoalmente por mais de vinte anos da entidade, identificar um rombo de mais de R$ 300 mil e começar um processo de organização da entidade, a diretoria promete intensificar a luta pela recomposição dos salários. A reeleição foi garantida por ampla maioria mesmo com a ação de bastidores da atual gestão do município que fomentou alguns aliados do ex-presidente Vivaldo Gonçalves a racharam o SSPM com a criação de sindicatos exclusivos para professores e guardas.
 
Destino
 
Acredito fielmente no ditado que diz que o ‘tempo é o senhor de tudo’. Um exemplo disso é o governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB). Em 2000, já pensando em entrar para a política, ele se aliou a ativistas do meio ambiente e barrou as obras que permitiriam intensificar o uso comercial da Hidrovia Paraguai/Paraná. Dezesseis anos depois, o uso da Hidrovia, ligada a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) é visto pelo seu governo como a melhor forma de promover o crescimento industrial e alancar o desenvolvimento do Estado. O destino se encarregou de colocar Cáceres no meio de um caminho que ao me ver não tem volta. Como já disse em edições anteriores, a ZPE vai puxar a Hidrovia, o Porto de Morrinhos, a Pavimentação da MT 343 e fomentará a saída para o Oceano Pacifico via Bolívia, como projetaram os Lacerda, Fontes e outros visionários. Há meio século, ilustres cacerenses chegaram à conclusão que o futuro da cidade estaria associado a Hidrovia que iria levar a produção agrícola do Estado e traria coisas que não temos a custos competitivos como sal, adubo e trigo.
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