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26/03/2016 - 08:11

Presidente da Bolívia ameça invandir o Brasil para defender Dilma de golpe

O comando do Exército, em Cáceres, não se manifesta sobre o pronunciamento do presidente da Bolívia, Evo Morares, divulgado nos últimos dias, em redes sociais, afirmando em reunião, com militares daquele país, que se necessário, estaria disposto a interferir militarmente no Brasil, para defender o que classificou de golpe da direita, para destituir a presidente Dilma Rousseff e prender o ex-presidente Lula.  Um oficial do comando admitiu ter conhecimento da gravação, mas, por questões disciplinares e hierárquicas, preferiu não falar sobre o assunto. Outros militares, informalmente, ironizaram.
 
 “A ameaça do presidente boliviano é uma piada. Quem conhece o Exército boliviano sabe do que estou falando. Ele (Exército) não dispõe de estrutura e tampouco tecnologia. Em algumas unidades militares, principalmente da faixa de fronteira, muitos soldados não tem sequer fardamento. Como irão invadir o Brasil?” indaga. Um militar da reserva acrescenta que “a não ser que evoluíram muito de alguns anos para cá. Pois, no meu tempo, durante algumas missões na fronteira, a informação que tínhamos era de que, os soldados bolivianos não tinham nem o que comer. Chega ser irônico o presidente falar em interferir no Brasil”.
 
Na gravação feita, em menos de 20 dias, em que aparece em companhia de comandantes do Exército do país, Morales diz que não irá aceitar “um golpe da direita no Brasil, contra a companheira Dilma e o companheiro Lula” oportunidade em que conclamou os governantes da “sul-américa” para se unir e defender Dilma e Lula contra um possível golpe da direita. Além do presidente boliviano, embora com menor ênfase, outro que também já se manifestou, a favor de se unir em uma eventual intervenção no Brasil, últimos dias, foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
 
 Localizado na fronteira com a Bolívia, o comando do 2º Batalhão de Fronteira (2º B.Fron) em Cáceres foi procurado pela reportagem, após informações extraoficiais, dando conta de que o Exército, em várias regiões do país, estaria em estado de alerta, podendo entrar em ação, em qualquer momento, em decorrência da crise econômica e, principalmente, política, vivenciada no país, nos últimos meses, por causa da Operação Lava Jato, que já resultou na prisão de centenas de empresários, acusados de participação no esquema de corrupção na Petrobrás. Assim como a condução coercitiva do ex-presidente Lula no dia 4 de março e ainda a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Imprimir