Sob pressão, o presidente da Câmara de Vereadores de Cáceres, Marcinho Lacerda (PMDB), tem protagonizado atos de desespero, mas ainda não teve a coragem de abrir a caixa preta da mídia do Legislativo de onde evaporaram mais de R$ 100 mil. Ele tem acusado a agência Interage e até servidores da Câmara e da prefeitura, de supostamente terem montado um esquema de falsificação de notas e comprovantes de prestação de serviço e tem dito que a Polícia está investigando o caso. Mas, em momento algum mostrou quanto a Câmara tem gasto com a mídia, sob sua gestão, e a quem o dinheiro está sendo destinado. Qual seria a razão para o presidente da Câmara não tornar público estas informações?
 
Noiva
 
Definitivamente o PSB do deputado Adriano Silva, do ex-prefeito Túlio Fontes e do vereador Tarcísio Paulino, tornou-se a noiva da vez, nos bastidores políticos de Cáceres, que se agita com a proximidade da eleição de outubro. Nos próximos dias, a militância e a executiva da legenda deve se reunir para avaliar se aceita ou não as filiações dos vereadores Cabo Pinheiro (PRTB), Domingos dos Santos (PSC), Edmilson Campos (PR) e Valdeniria Dutra Ferreira (PSD). A corrida ao PSB é porque dentre os grandes partidos que vão ar urnas em outubro, ele é o que deve eleger o maior número de vereadores. Isso ocorrerá por conta do quadro de candidatos e da certeza de que o partido comporá a chapa majoritária para prefeito ou vice. A aposta é que o PSB fará de 4 a 5 vereadores e deve ser a maior bancada da próxima legislatura da Câmara.
 
Chapas
 
Outro grupo que já está bastante adiantado em termos de composição de chapas de vereadores é a Frente Popular. Só na semana passada, foram duas reuniões para tratar de possíveis coligações. Dos doze partidos que iniciaram a Frente, pelo menos três já se mostraram interessados em se juntar para eleger vereador: PT, PC do B e Solidariedade. A composição pode até se transformar em um chapão com mais partidos, com os alinhamentos políticos que devem ocorrer até o dia 2 de abril quando termina o prazo para filiações para quem deseja disputar a eleição deste ano.
 
Leonardistas
 
Pelo lado do grupo do deputado doutor Leonardo (PDT), que tem como pré-candidato a prefeito o cardiologista Sérgio Arruda (PSD), a novidade nos próximos dias, deve ser a formalização do retorno do deputado ao partido do vice-governador Carlos Fávaro. Somente após este alinhamento é que o grupo deve começar a se movimentar para construir as candidaturas a vereador.  Por falar em Sérgio Arruda, um de seus cabos eleitorais foi parar nas manchetes policiais esta semana por suposta participação em um esquema ilícito de venda de óculos de grau. Essa passou raspando, mas se ele não tomar cuidado, logo logo Marcelão vai dar brecha para pedirem a cassação de sua pré-candidatura.
 
Governistas
 
Entre os governistas, a possibilidade cada vez maior do prefeito Francis Maris (sem partido), de não ir a reeleição, por conta da crescente rejeição popular, jogou um balde de água fria na turma ‘palminha’ e no pessoal que está nas tetas. A bagunça é tanta que os secretários que vão disputar uma vaga na Câmara de Vereadores, entre eles, Walter Zacarkim, já saiu do PR com medo do partido virar oposição em cima da hora. Um possível enfraquecimento do PSC com a saída do vereador Domingos dos Santos, também deve levar o secretário de Ação Social, Claudio Henrique ‘a pular’ do partido dos crentes. No frigir dos ovos, os governistas devem se espremer no PSDB da vice-prefeita Eliene Liberato Dias e no PTB, que foi vendido a Francis recentemente para ajudar na acomodação de aliados.
 
Decadência
 
Esta semana a prefeitura de Cáceres, anunciou que o Festival de Pesca deste ano será de 8 a 12 de junho. Induzida a erro, a colega que escreveu o texto, afirmou que o evento terá uma grande inovação, a categoria máster. Se eu tivesse na Sematur ou na prefeitura, teria vergonha de propagar uma coisa dessas. Uma vergonha!
 
Caminho
 
Conversei com políticos de várias correntes esta semana, e a maioria esmagadora concorda. O atual momento pede a união de todas as forças de Cáceres o que consolida a proposta de uma grande coalização política na eleição de outubro que agrade a maioria e principalmente a população.