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24/03/2009 - 00:00

Número de presos infectados pela tuberculose nos presídios caiu

Nadja Vasques Da Redação O número de presos infectados pela tuberculose nos presídios de Cuiabá caiu 50% em 2009 em relação ao ano passado. Eram 30 doentes em 2008 e agora são 15, sendo 11 na Penitenciária Central do Estado (Pascoal Ramos), 3 no Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé) e 1 no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May. A expectativa é de que esse número reduza ainda mais com a implantação do Centro de Aconselhamento e Tratamento Admissional de Saúde. O serviço, oficializado pela publicação de uma portaria no dia 19 de março, obriga os gestores de todas as penitenciárias do Estado a coletar sangue de todos os presos que ingressarem no sistema, para detectar doenças como tuberculose, HIV e hepatites A, B e C. A medida profilática tem como objetivo reduzir a incidência dessas doenças entre a população carcerária, que pela própria condição de confinamento é mais vulnerável que a população em geral. Segundo dados do Ministério da Saúde, presidiários têm 40 vezes mais chance de serem contaminados pela tuberculose do que uma pessoa comum. Ações preventivas começaram a se efetivar em Mato Grosso ano passado, em virtude da alta taxa da incidência nas prisões, explica o gerente de saúde do sistema prisional do Estado, Sebastião Elson Pereira. Após detectar os 30 casos da doença, ele promoveu um "arrastão" nos presídios, iniciando o tratamento e isolamento dos doentes e encaminhando para exames clínicos todos os presos que tiveram contato com o infectado. Nos presídios de Mato Grosso, o controle da tuberculose hoje começa com a identificação dos que apresentam sintomas da doença. Os suspeitos fazem coleta do escarro, raio X de tórax e consulta com pneumologista. Se a doença é confirmada, recebem medicação diária supervisionada e fazem baciloscopia e radiografia para controle de 2 em 2 meses, além de controle de peso, identificação dos comunicantes e quimioprofilaxia. De imediato, conforme a portaria, as fichas modelo de Controle de Aconselhamento e Tratamento Admissional de Saúde serão implementadas nas penitenciárias e cadeias públicas de maior porte que dispuserem de número suficiente de técnicos da área de saúde e gradativamente nas cadeias públicas de menor porte. A direção da unidade prisional será responsável pela execução do trabalho. O não cumprimento da determinação pode resultar em responsabilização judicial e administrativa por crime de omissão. Imprimir