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15/12/2015 - 16:55

Aliança

Só os interesses políticos são capazes de transformar de um dia para noite ferrenhos adversários em aliados engajados. O fato político do ano em Cáceres aconteceu na semana passada quando os grupos do deputado doutor Leonardo (PDT) e do suplente de deputado professor Adriano Silva (PP) colocaram um ponto final nas desavenças que cercaram a eleição do ano passado. O resultado do acordo não podia ter sido melhor para cidade e para região. Leonardo assumiu a articulação junto ao governo do Estado e a cúpula do PSB, para que Adriano se filie o mais breve possível a legenda e assuma uma vaga na Assembleia Legislativa a partir do início do ano que vem. Pelo acordo, os dois grupos também estarão juntos na eleição municipal de 2016. Ao se aproximar de Adriano e do PSB, por tabela Leonardo se aliou ao ex-prefeito Túlio Fontes, que não será candidato, mas que já adiantou que vai participar da eleição do ano que vem. O acordo fortalece o bloco de oposição que certamente terá outros partidos, entre os quais o PT e o Solidariedade.
 
PSD ou PSDB?
 
Durante a Assembleia da ZPE realizada nesta semana em Cáceres, o deputado doutor Leonardo (PDT), revelou a Coluna que deve usar a janela política aprovada recentemente e deve deixar o PDT. Ele disse que está dividido entre o PSDB do governador Pedro Taques e o PSD do vice-governador Carlos Fávaro. Um importante assessor do deputado, que pediu para não ter o nome revelado, contou que a tendência que Leonardo siga para o PSD aonde já estão a maioria dos prefeitos da região sudoeste, sua base eleitoral.
 
Esperto
 
Para tentar potencializar a entrega de meia dúzia de obras meia boca, feitas ao longo de três anos de mandato, o prefeito de Cáceres, Francis Maris ‘intimou’ o senador Wellington Fagundes (PR) a estar na cidade no próximo domingo, 20, para inaugurar duas pontes nas marginais na Avenida São Luiz feitas por articulação do senador e que vão durar mais do que a pavimentação do prolongamento da Radial 1 no bairro Rodeio que não resistirá as chuvas dos próximos dias.
 
Transparência
 
Se sobra esperteza de um lado, falta competência do outro. Recente relatório do Ministério Público Federal (MPF), distribuído a mídia do Estado, deu nota zero para a política de divulgação dos atos legais do município. O que MPF e os ‘baba ovo’ não sabem é que o ‘rei da coxinha’ não consegue distinguir publicidade legal de taxa de zelo. O resultado disso pode ser medido nos altos índices de infestação da Dengue, que voltaram a assombrar a população por falta de campanhas permanentes de conscientização.
 
Quieto
 
A notícia de falta de transparência não é surpresa, o que surpreendeu foi ver o Observatório Social, só se manifestar depois que o assunto ganhou a mídia. Será que ninguém com decência dentro desta organização vai tomar nenhuma atitude para afastar Expedito Pereira e sua família dessa entidade antes que ela acaba de vez?
 
Articulação

E não é só a oposição que está se movimentando. O grupo que apoia o prefeito Francis Maris, chamado de ‘novos ricos’, também tem articulado. Sob a coordenação do empresário Júlio Cesar Laje, o Júlio da Semelc, que preside o Conselho de Desenvolvimento Regional, os aliados sonham em levar o prefeito para o PR do Senador Wellington Fagundes, conhecido em Brasília como Pedro Henry de Rondonópolis. O vereador Edmilson Campos (PR) tem dito nas rodas políticas da cidade que se o prefeito entrar por uma porta ele sai por outra.
 
Fogo amigo
 
Na semana passada, surpreendentemente um popular integrante da ‘turma da palminha’, que vive ‘espumando na virilha’ do prefeito Francis Maris nos grupos de WhatsApp dos quais ele toma parte, reagiu à notícia de falta de transparência, detonando os secretários Nelci Longhi (Educação), Valter Zacarquim (Obras), Roger Pereira (Saúde) e Júlio Parreira (Indústria, Comércio, Turismo e Meio Ambiente). Para ele, estes secretários são os maiores cabos eleitorais da oposição e vão levar o prefeito ao fracasso eleitoral no ano que vem.         
 
Avião
 
Tenho que reconhecer, o professor Ezequiel Fonseca não chegou aonde chegou na política de Mato Grosso por acaso. Ele arrancou aplausos ao justificar durante assembleia da ZPE porque disse que já foi vereador e prefeito de Cáceres. Esse com certeza se formou com méritos na escolinha do professor Pedro Henry.
 
Ninja
 
O atual secretário de governo da prefeitura de Cáceres, Wilson Kishi está usando a experiência de cinco mandatos como vereador e um mandato como vice-prefeito para levar os oito vereadores que compõem a base de sustentação do prefeito Francis Maris na Câmara para o buraco. Ao induzir os vereadores a aprovarem leis impopulares como a cobrança da taxa do lixo na conta d’agua e votarem contra medidas que possam beneficiar os servidores, ele usa uma velha tática para eliminar concorrentes já que é candidato governista a uma vaga na Câmara na eleição do ano que vem.
 
Reação
 
Após identificar de onde está partindo o fogo amigo em relação a sua gestão na UCAM, o contador Enézio Mariano, revelou a Coluna que pensa seriamente em deixar o PT do B onde está o grupo comunitários formado por lideranças de bairros, entre eles, os ex-presidente da UCAM, Nilson Magalhães. Além disso, Enézio anunciou que vai colocar fim a malandragem de supostos desocupados que se dizem membros do movimento e que vivem de denuncismo anônimo nas emissoras de rádio e no Ministério Público Estadual. O recado foi endereçado a um conhecido líder comunitário do Vila Irene muito querido do empresário Joaquim Fontes.
 
Acabou a palhaçada
 
Pelo menos em Cáceres acabou a palhaçada de usar a ZPE como trampolim político. Na Assembleia realizada recentemente os secretário Seneri Paludo e Gustavo Oliveira deixam bem claro, nas entre linhas, que o Estado vai assumir o controle do projeto. Além de mim, o primeiro a perceber que o discurso ZPE foi ‘pro buque’ foi um dos pais da ideia o ex-senador Marcio Lacerda. Ao me dizer que o projeto só está vivo por persistência de uma geração de cacerenses, Marcião parecia o José Aldo falando depois de ter sido atropelado por Conor McGregor outro dia no UFC.
 
Perdeu
 
Com medo de perder a queda de braço com o Previ pelo controle da rodoviária do centro, a prefeitura de Cáceres fechou um acordo com o Estado para que a sede do Ganha Tempo seja construída em uma área do Centro Operacional próximo o portão de acesso ao Hospital Regional.
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