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15/10/2015 - 12:59

Problema

A prorrogação para março do prazo de filiações para quem deseja disputar a eleição do ano que vem acabou criando um problema na construção do processo eleitoral em Cáceres. Muitos que se filiaram recentemente levados por promessas de apoio financeiro e viabilidade eleitoral estão revendo suas decisões. Entre eles, estão os vereadores governistas Domingos dos Santos (PSC), Manoel Leiteiro (PSDB) e o suplente Rubens Macedo (PR) que negociam nos bastidores migração para o PTB. A decisão foi tomada depois que viram que foram ludibriados pelos marqueteiros mequetrefes que estão assessorando o prefeito Francis Maris e a vice Eleine Liberato Dias (PSDB). Domingos, por exemplo, foi convencido a aceitar a filiação do secretário de Ação Social, Claudio Henrique e dos ex-vereadores Ruse Torres e Usias Pereira. Este é o mesmo caso de Leiteiro, que teve que engolir seco a chegada dos ex-vereadores Masato Nakahara, Wilson Bosco Palhinha de Oliveira, Josias Modesto, Antônio Salvador da Silva e do próprio Rubens Macedo no PSDB. Experiente, Rubens Macedo já enxergou que a chapa do PSDB será ‘a chapa da morte’ da eleição do ano que vem. Este efeito também deve contaminar a oposição, especialmente o PSD do pré-candidato Sérgio Arruda.
 
Amadorismo
 
Por falar em marqueteiros mequetrefes, a ‘brilhante ideia’, de levar o prefeito e a vice para negociar de cima para baixo uma aliança para eleição do ano que vem, deu o resultado esperado. Os grupos do deputado doutor Leonardo (PD) e do ex-prefeito Túlio Fontes (PSB), ficaram furiosos com a iniciativa e acabaram se aproximando ainda mais. De quebra, ainda arrumaram mais um adversário, ao tirar precipitadamente o prefeito do PMDB. Marcinho Lacerda (PMDB) anda mais animado ‘que pintinho no cisco’, com o fato de ter se tornado pré-candidato a prefeito.
 
Desdobramento
 
Também como efeito das ações dos marqueteiros mequetrefes, o PR, PT e o PMDB de Marcinho Lacerda já começaram a conversar para consolidar em Cáceres, uma aliança que vem sendo fechada em várias cidades do Estado com aval da cúpula estadual dos três partidos. O vereador Edmilson Campos (PR) revelou a Coluna que já teve conversas com James Cabral (PT) e com Marcinho (PMDB) sobre a construção de uma chapa capaz de eleger no mínimo três vereadores.
 
PDT
 
Por falar em chapa forte para vereador, o deputado doutor Leonardo (PDT), confidenciou a Coluna que vai permanecer no PDT e que pretende construir uma chapa capaz de eleger três vereadores. Ele não quis adiantar nomes, mas revelou que são lideranças que fazem parte do seu grupo.
 
Incompetência
 
Recentemente o prefeito Francis Maris usou grupos do aplicativo WhatsApp para propagar e comemorar que havia metido a mão no bolso mais uma vez para comprar insumos e medicamentos para o Pronto Atendimento Médico (PAM). O prefeito não tem que comemorar e sim chorar, pois o fato dele estar ‘doando’ o salario indica que em quase três anos de gestão, seu governo ainda não teve competência para usar mais de R$ 10 milhões destinados a saúde que estão parados nos cofres da prefeitura enquanto a população padece.
 
Paixão em administrar
 
Em se tratando de competência e gestão, o governo de Francis e Eleine não tem sido um fiasco só na saúde. Outras duas áreas importantes, Educação e Obras, também sofrem. Um exemplo na Obras é o contrato para coleta de lixo. Sem experiência em gestão pública, o prefeito e sua equipe, contratou um serviço precário que não atende a cidade. Recentemente questionei um funcionário da empresa prestadora de serviço que me respondeu que para uma cidade como Cáceres, seria necessário o dobro de veículos e de pessoal. Hoje são apenas cinco caminhões e vinte coletores. Já na Educação, além do desgaste político com o fechamento da parte do Estado no CAIC, o presidente recém-eleito do Conselho de Educação, Paulo Santos renunciou por falta de condições de trabalho.
 
Suicida
 
O considerado Esmeraldo Rodrigues, que agora é presidente do PRTB, vem defendendo publicamente a união dos pequenos partidos de Cáceres para o lançamento de uma chapa majoritária para disputa da prefeitura no ano que vem. Com o devido respeito que tenho pelo Esmeraldo, a proposta tem cheiro de situação e parece mais uma ideia do Luiz da Guia.
 
Escovadas
 
As duas ultimas semanas não foram só de alegria para o vereador Marcinho Lacerda (PMDB), presidente da Câmara de Cáceres. O êxtase com a aparição na mídia por conta da Expoagro e da taxa de zelo mensal da TV Descalvados (SBT), foi quebrado com dois fatos desagradáveis. Durante da Expoagro, o vereador foi abordado dentro do parque pela esposa do gaúcho da churrascaria rio Paraguai que foi cobrar uma divida de quase R$ 5 mil reais em comida de jogadores do Cacerense do começo do ano. A baixaria foi vista por muita gente. Já na sessão desta semana, ele tomou uma ‘escovada’ do professor da Unemat, Acir Montecchi, durante debate sobre o estado de abandono dos prédios tombados no centro da cidade. Marcinho, que está tentando aparecer na mídia com o episodio do incêndio do antigo prédio da Câmara, teve que ouvir do professor que sua família é uma das que estão deixando os casarões caírem para não ter que restaurá-los. 
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