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02/06/2015 - 14:15

Pimenta nos olhos dos outros

Na semana passada o Jornal Oeste publicou duas reportagens sobre uma licitação, ‘tardia’, para a compra de bonés, camisetas e sacolas para o Festival de Pesca deste ano em Cáceres. Ao provocar a administração, mencionando o atraso na confecção do material, o JO acabou descobrindo, após ouvir o prefeito Francis Maris (PMDB) sobre o episódio, que a licitação na verdade, seria feita para fazer um ajuste financeiro já que o material já estava sendo produzido e os patrocinadores ao invés de pagar diretamente os fornecedores como fizeram no ano passado, teriam depositado os valores dos patrocínios na conta da prefeitura. O que o prefeito não considerou é que a manobra é ilegal e semelhante a que desencadeou a Operarão Fidare. O Jornal Oeste entrou em contato com a Procuradoria Geral para explicar o edital e as declarações do prefeito, mas apesar da procuradora Helizangela Pouso Gomes ter prometido uma nota de esclarecimento, isso não aconteceu. Na sessão desta segunda-feira, 1, da Câmara de Vereadores, atendendo a uma convocação da Casa, o secretário de Meio Ambiente e Turismo, Júlio Parreira, foi questionado para justificar a lambança. Como era de se esperar em uma situação como esta, ele desmentiu o prefeito e afirmou que a licitação só foi realizada para o caso de haver a necessidade confeccionar mais materiais. Só de imaginar a escovada que a equipe ‘paixão em administrar’ levou por causa desta situação, fico com dó. Mas, a culpa não é da peãozada. A culpa é exclusiva do prefeito, que como os seus antecessores, insiste em colocar amadores para administrar um evento profissional.
 
Fracos
 
Por falar em FIPe, se a organização dependesse dos três deputados da região para viabilizar recursos para o evento, ele não seria realizado. Vou dar um desconto para doutor Leonardo (PDT) e Wancley Carvalho (PV), que estão no primeiro mandato e ainda não sabem onde fica a porta de saída do gabinete do governador, mas Ezequiel Fonseca (PP), que agora é deputado federal, continua levando todo mundo no ‘gogó’. O mais repugnante nesta situação, é ter que ver os três ai, o mini Collor e um bando de babo ovo, durante o evento, como se fossem a ultima bolacha do pacote. Só para constar, o Estado prometeu apenas R$ 500 mil para as despesas do evento.
 
Hemorragia
 
A decisão do prefeito Francis Maris (PMDB), de tomar a rodoviária central dos servidores, desencadeou uma nova batalha entre os dois lados. O caso deve se transformar em mais uma disputa judicial que poderá resultar inclusive em uma intervenção na gestão do Previ Cáceres, que hoje é comandada pelo prefeito.
 
Jogo
 
A recuada do PTB e do DEM do projeto de fusão e a sinalização do Congresso de que manterá as coligações, mexeram no jogo político em Cáceres com vistas às eleições do ano que vem. O fim da fusão beneficiou diretamente o grupo dos comunitários liderados por Nilson Magalhães e Enézio Mariano, que agora pode ir para o DEM de Sid Maia. Já a manutenção das coligações aliviou, mas não afastou o risco para a maioria dos vereadores que querem tentar a reeleição. Uma alternativa que precisa ser considerada e que já vem sendo discutida entre os atuais parlamentares nas resenhas das segundas-feiras, e a montagem de um chapão com a maioria dos atuais vereadores. Mas só isso não basta para salvar todo mundo. Uma das medidas que pode ser adotada para que ninguém fique no prejuízo, seria a mudança do regimento interno para otimizar o rodizio.
 
Buraco
 
Por falar na Câmara, um erro estratégico na condução da política de comunicação da Casa, está levando a maioria dos parlamentares para buraco, inclusive o presidente Marcinho Lacerda (PMDB). Os vereadores Edmilson Campos (PR) e Edmilson Tavares (PMDB), perceberam isso rapídamente e já trataram de garantir e ampliar seus espaços na mídia. Tavares, aliás, deve ser o carrasco de Marcinho na eleição do ano que vem em se confirmando a saída de Francis Maris e seus seguidores do PMDB.
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