A prefeita Meire Adauto (PT) foi procurada pela reportagem e informou que participa de um evento em Brasília, nesta terça-feira (26), não sendo possível falar sobre o assunto na ocasião. De acordo com a Procuradoria da Câmara, o documento deverá ser encaminhado até esta quinta-feira para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e ao governador Pedro Taques (PDT).

A vereadora Ornella Falcão (PSD), autora do requerimento, ressalta que o caos administrativo instalado no município originou o pedido. “Os serviços de todas as áreas estão sucateados, faltam remédios nos postos de saúde, pronto-atendimento, a infraestrutura da cidade também está péssima, com buracos e lama. Já denunciamos aos órgãos competentes e até o momento a situação é a mesma. A população não merece mais isso”, argumenta.

O presidente da Câmara de Vereadores, Gonçalo da Costa Nunes, conhecido como “Beijo” (DEM), também pontua que o município não consegue oferecer serviços básicos aos moradores e que a intervenção do estado não tem cunho partidário. “A administração pública está desleixada e o Poder Legislativo vem insistindo para achar um caminho adequado para retomar a boa administração. Se vai ter algum efeito ou não, não sei, mas pelo menos tentamos”, concluiu.

A medida foi solicitada com base no artigo 35, capítulos I a IV da Constituição Federal e pede que a intervenção “seja de, pelo menos, seis meses para que o interventor possa estabelecer a ordem no município de Poconé”. A prefeita Meire Adalto foi eleita com  9.322 votos pela coligação “Mudar para Transformar”.

A moradora Janaína Moura dos Santos, de 22 anos, reclama dos buracos nas ruas e dos alagamentos na cidade por conta das chuvas. Ela diz que diariamente precisa desviar, por exemplo, da cratera aberta na Rua Nossa Senhora Aparecida, local onde mora. "Essa situação aqui é constante. É buraco para todos os lados", frisa.