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27/04/2015 - 07:53

IPTU 2015

Em plena campanha por reeleição o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PMDB) e seus aliados já fazem de tudo para continuarem no poder por mais quatro anos. Comandado pelo secretário de Saúde, Wilson Kishi (PDT), pré-candidato a vice de Francis na eleição do ano que vem, o núcleo político da atual gestão fez a Secretaria de Finanças encontrar uma brecha para recuar dos cem por cento de aumento no IPTU e reduzir as perdas politicas com o aumento do imposto. O problema é que ao encontrar a solução em uma Lei editada na gestão passada, os francistas viram equivocadamente uma oportunidade queimar o ex-prefeito Túlio Fontes (PSB), virtual e mais forte candidato a derrotar Francis em 2016. Em entrevistas recentes nas rádios Centro América e Difusora FM, o secretário Júnior Cesar Dias Trindade tentou culpar um eventual fracasso na execução do pacote de obras eleitorais lançado recentemente no futuro adversário. Só que na empolgação e na pilha de Kishi e automaticamente do prefeito, ele esqueceu que para aumentar a alíquota do IPTU, reduzida pela metade por Túlio, basta apenas a atual gestão mandar um projeto de lei para Câmara, onde possui maioria absoluta. Vai mandar ? Lógico que não! Mesmo querendo, o prefeito e seus aliados na Câmara não vão ter peito de aumentar o IPTU em véspera de ano eleitoral.
 
Túlio
 
Para recuar do aumento, a atual administração usou a Lei Complementar Nº 79 de 22 de julho de 2009, editada justamente para tentar melhorar a arrecadação. Ela reduziu pela metade as alíquotas usadas como base de calculo para a cobrança do imposto. Na época, Túlio Fontes (PSB), justificou a medida argumentando que a realidade econômica de Cáceres impedia que a maioria da população pudesse pagar o imposto. Ele ainda reconheceu que a baixa arrecadação se devia a incapacidade do município em cobrar o imposto de quem não pagava.
 
Injustiça
 
Nos últimos dois anos, empresas de Cáceres que produzem e veiculam out doors, assim como os maiores veículos de comunicação da cidade, atenderam o apelo do prefeito Francis Maris (PMDB), e doaram toda a divulgação da campanha do IPTU. Este ano, já mais folgado, o município se organizou, arrumou recursos e está contratando as divulgações. Até ai tudo normal, se não fosse o fato de que a veiculação da campanha em outdoors, mal pensada, desagradou à maioria dos doadores das campanhas passadas. Penalizado, o empresário Gilberto Bordoni se queixou pessoalmente ao prefeito Francis Maris (PMDB), que alegou que não podia fazer nada.
 
Bico
 
O prefeito Francis Maris (PMDB), confirmou a Coluna, que a secretária de Educação, Nelci Longhi, pediu desligamento do cargo de coordenadora ambiental do Projeto Bichos do Pantanal. Servidores por meio do Sindicato da categoria vinham criticando a administração por permitir o duplo vinculo, já que o cargo na Educação é de dedicação exclusiva. Além disso, a categoria acusava Nelci de usar a estrutura do município para atividades no Bicho do Pantanal. Apesar de ser um dos três imexíveis da atual gestão, Nelci precisa ficar esperta porque o prefeito já tem um substituto à altura.
 
Guerra
 
A guerra interminável entre a atual administração de Cáceres, e os servidores, por meio do sindicato da categoria, está longe de acabar. Duas batalhas foram iniciadas está semana e desta vez envolvem o Previ Cáceres. Os servidores querem acabar com o poder do prefeito sobre o instituto de previdência dos servidores e para isso exigência a realização de eleição direta para o cargo de Diretor Executivo. A outra demanda será pela antiga rodoviária, que a administração quer tomar dos servidores para vender. Os dois casos caminham para mais duas demandas judiciais.
 
Babaquice
 
Um funcionário da TV Descalvados (SBT), que pertence à família Henry é um dos milhares de cacerenses que se revoltaram com a exibição pela mídia nacional de um vídeo em que o marido da diretora da emissora Paty Henry, aparece se abanando com dinheiro e dizendo ser genro de Pedro Henry, que cumpre pena em Cuiabá por desvio de dinheiro público. No desabafo a Coluna ele disse: ‘enquanto o cara aparece fazendo gracinha com dinheiro, nossos salários estão sendo pagos com atrasos todos os meses’.
 
Dois baralhos
 
Paralelamente as ‘cagadas’, do genro, o deputado mais corrupto da história da política de Mato Grosso, intensifica suas articulações para retomar a prefeitura de Cáceres. Depois de plantar o irmão, o prefeito cassado Ricardo Henry, dentro do grupo do deputado doutor Leonardo (PDT), ele agora trabalha para infiltrar seu ‘perdigueiro’, José de Assis Guaresqui na frente de oposição que vem sendo construída pelo ex-prefeito Túlio Fontes (PSB), Adriano Silva (PP), Edmilson Campos (PR) e Félix Álvares (SOL). O desespero é tanto pelo poder, que Pedro Henry está se arriscando a jogar com dois baralhos.
 
Usado
 
A vida de deputado de doutor Leonardo (PDT), não tem sido fácil nos últimos cinco meses. Além de estar sendo usado pelos Henrys por meio de antigos aliados que hoje o seguem, toda a vez que coloca o pé em Cáceres é pressionado a cumprir a promessa de acomodar aliados da recente campanha. Uma fonte próxima ao parlamentar revelou que a pressão está sendo tanta que Leonardo já teria proposto um acordo ao prefeito Francis Maris (PMDB), para acomodar na prefeitura Elias da Vila Nova, Enézio Mariano e Marquinhos Talibã.
 
Comerciantes
 
Com a deflagração do processo eleitoral de 2016, começam a surgir em Cáceres os tradicionais marqueteiros, lideranças e comerciantes de legendas e candidatos. Um conhecido ex-vereador, vegetariano, já está oferecendo os famosos pacotes com partidinhos de aluguel e candidatos de araque.
 
Briga
 
O atual presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cáceres (ACEC), Tato Giraldelli, e o ex-Tesoureiro da entidade, Ariel Atala, protagonizaram esta semana um discussão publica por conta da retirada do Centro de Atendimento Empresarial (CAE) da sede da ACEC para acomodação do Observatório Social de Cáceres que assim como a ACEC e o CODERC, são tidos como braços políticos disfarçados do atual prefeito Francis Maris (PMDB). Ao tomar conhecimento que Tato e sua diretoria estaria fazendo uma auditoria na gestão em que foi Tesoureiro, Ariel disse que a medida é uma desculpa que o grupo está preparando para justificar a falta de competência para realização da Feira Multisetorial que despertou a cobiça politica de muitos emergentes que se aliaram a Tato.
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