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30/03/2015 - 13:27

Habilidade

A resistência da oposição na Câmara de Vereadores de Cáceres em aprovar projetos do Executivo está ligada a vários fatores, entre eles, a falta de habilidade política e a soberba do prefeito Francis Maris (PMDB), a ausência de autonomia do seu líder, vereador Edmilson Tavares (PMDB) e a postura de alguns dos seus assessores diretos. Vou citar como exemplo o impasse sobre a Lei que propõe transformar a SAEC e Autarquia que tramita desde outubro do ano passado. Se os governistas pensassem e agissem como políticos de fato, já teriam cedido na questão tarifária e a Lei já estaria aprovada há tempos.
 
Talvez
 
Esta situação pode melhorar um pouco com a possível ida do secretário e Esporte, Lazer e Cultura, Rubens Macedo para a Câmara em lugar do vereador Manoel Leiteiro (PSDB), que assumiria a Secretaria de Agricultura. O prefeito Francis Maris (PMDB), ainda não confirmou a mudança, mas Leiteiro já dá como certa a sua ida para o primeiro escalão. A coluna apurou que as articulações ainda preveem a ida do braço direito do vereador, a presidente da executiva do PSDB, Arinéia Graciela para a coordenação da Secretaria de Esporte. Com relação às mudanças, a coluna apurou que o secretário de Agricultura, Manézinho da Soteco, que estaria cotado para ser remanejado para o Esporte em lugar de Rubens Macedo, pode perder o lugar para o professor Jair Cestari do IFMT.
 
Japa
 
Dentro da gestão, os poucos que pensam política deixaram escapar que o projeto de reeleição deve levar o secretário de Saúde, Wilson Kishi (PDT) para a Secretaria de Governo, no lugar da esforçada Deise Dier. O japonês já não esconde de ninguém que quer ser o companheiro de chapa de Francis no ano que vem no lugar de Eliene Liberato Dias (PSDB).
 
2016
Por falar na eleição do ano que vem, o governador Pedro Taques (PDT), conforme os grandes jornais do Estado, está com um pé no PSB do ex-prefeito Túlio Fontes. Ele e a ex-senadora petista Marta Suplicy estão sendo sondados para serem candidatos a vice de Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial de 2018.
 
Certo
 
A mudança de Pedro Taques vai provocar o esvaziamento do PDT e automaticamente o fortalecimento do PSB inclusive em Cáceres que poderá receber o deputado doutor Leonardo e seus seguidores. A movimentação política do governador deve unir os três mais votados na ultima eleição na cidade: Túlio Fontes (PSB0), Doutor Leonardo (PDT) e o professor Adriano Silva (PP).
 
Oposição
 
Preocupados com um eventual rolo compressor de cima para baixo, oposicionistas convictos como os vereadores Edmilson Campos (PR) e Félix Álvares (SOL) já estão participando das discussões para formação de um bloco para enfrentar Francis e seu grupo ano que. Na semana passada a primeira reunião do bloco contou com integrantes do PSB, PP, SOL e do PR. A noticia se espalhou e o próximo encontro deve atrair mais partidos. Segundo o vereador Tarcísio Paulino (PSB), logo que o grupo estiver estruturado, será criada uma comissão para elaboração de um projeto político conjunto sem a discussão de nomes e pré-candidaturas.
 
Quebra
 
Eu suspeitava, mas ultimamente analisando as declarações do governador Pedro Taques (PDT) e do secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, me deu arrepios. Se o Estado perder o FETHAB e o ICMS da Energia, o que não é difícil, não pagará mais a folha de pagamento em dia. Para que isso não aconteça, sugiro a todos, porque o problema gera efeito cascata, arrumarem uma foto e passarem a acender diariamente uma vela para o falecido governador Dante de Oliveira, que não conseguiu se eleger Senador por ter criado o FETHAB e elevado o ICMS da Energia para 25%.
 
Bagre
 
No evento realizado na semana passada em Cáceres para discutir a implantação da ZPE em que o deputado doutor Leonardo (PDT) apareceu sem seu emblemático assessor Célio Silva, constatei uma suspeita. O secretário de Desenvolvimento, Sereni Paludo é um tremendo ‘bagre ensaboado’. Sem projeto e sem saber de onde tirar o dinheiro para concretizar o projeto, ele ainda quis ‘empinar a charrete’, quando o questionei sobre a descrença na classe política e no governo atual que não está conseguindo repassar R$ 4 milhões por mês aos hospitais da cidade.
 
Fidare
 
Esta semana faz um ano que a Operação Fidare prendeu 47 pessoas por suposto desvio de recurso da saúde em Cáceres. Até hoje, graças à morosidade da Justiça brasileira, o inquérito sequer foi fechado e virou ação penal. A coisa tende a demorar muito mais, porque recentemente o processo passou para as mãos do Tribunal Regional Federal porque por ter foro privilegiado, o denunciante do esquema, o prefeito Francis Maris (PMDB), passou a ser réu junto com a ex-Controladora, Karine Mazeti, que teria feito o dossiê que deu origem a Fidare. Os dois são acusados de prevaricação. Ao que tudo indica, quando houver o julgamento e uma possível condenação, a maioria dos envolvidos, entre eles trinta servidores do município, no máximo vão ser punidos por conduta indevida, já que a maioria se envolveu involuntariamente em um pratica histórica e que é comum em órgãos públicos, que é comprar fiado. Aliás, está pratica, pelo menos em Cáceres, há anos era a única forma de não deixar faltar medicamentos e insumos nas unidades saúde, inclusive as odontológicas. A pratica está tão arraigada, que há dois anos e quatro meses, a desastrosa gestão do prefeito Francis Maris (PMDB), não consegue fazer uma licitação para a compra de medicamentos mesmo tendo em caixa quase vinte milhões de reais. Nada contra cumprir a Lei, mas o ato equivocado do prefeito, machucou e deixou marcas irreparáveis na vida da maioria dos servidores e dos envolvidos. Alguns deles, desenvolveram doenças como síndrome do pânico, fobia e depressão, pois nunca havia colocado um pé uma delegacia por retidão de caráter. As doenças podem até ser curadas, mas a humilhação perante a família, os vizinhos e os colegas de trabalho, essa vai permanecer para o resto da vida.
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