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08/02/2015 - 18:24 | Atualizado em 08/02/2015 - 07:54

Hemorragia

Depois de passar os dois primeiros anos da sua gestão para descobrir como a prefeitura funciona e porque ela não tem dinheiro para pagar todas as contas mensais, o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PMDB), não só identificou a raiz do problema como já desencadeou várias ações para atacá-los. Na minha opinião, as medidas estão corretas e são o único caminho para ajustar as finanças, porém politicamente elas poderão lhe custar uma reeleição, já que irá cobrar impostos de quem já paga e de quem nunca pagou, com valores que jamais foram cobrados. As medidas já estão fazendo ‘sangrar’ o seu eleitorado que está ‘gritando’ com o valor do Alvará de 2015. As ações vão se transformar em hemorragia no mês que vem com o lançamento do IPTU, que vem com valores ajustados rigorosamente ao Código Tributário Municipal.
 
Distorcendo
 
Para garantir que a Câmara de Vereadores de Cáceres mantenha o veto ao dispositivo do orçamento deste ano que prevê o pagamento de 12% de 22,22% de perdas salariais aos servidores determinado por uma ação judicial transitada e julgada, a prefeitura tem feito de tudo, inclusive passar informações equivocadas aos parlamentares. Por exemplo, o veto que deve ser apreciado na sessão desta segunda-feira, 9, diz respeito apenas a LEGITIMIDADE da Câmara para propor emendas ao orçamento. Na prática a questão é: A Câmara pode propor emendas ao orçamento? A Assessoria Jurídica do Legislativo parece que deu garantias que sim e o relatório da Comissão Mista deve ser pela derrubada do veto. Será preciso ter argumentos convincentes e muita coragem para votar contra a própria Casa e de quebra na Tribuna com o plenário lotado de servidores. Os vereadores Tarcísio Paulino (PSB), Alvacir Alencar (PP), Edmilson Campos (PR), Salmo César (PROS) e Félix Álvares (SOL), já declaram publicamente que vão votar pela derrubada do veto. Serão necessários oito votos para que o projeto seja sancionado da forma como os vereadores aprovaram por unanimidade no final do ano passado. Há duvidas se os vereadores Edmilson Tavares (PMDB), Manoel Leiteiro (PSDB), Marcinho Lacerda (PMDB), Valdeniria Dutra (PSD) e Cabo Pinheiro (PRTB), vão manter os votos dados na votação em dois turnos em dezembro passado.
 
UCAM
 
O prefeito Francis Maris (PMDB), o deputado doutor Leonardo (PDT), e o deputado federal Vitório Galli (PSC), foram alguns dos políticos que participaram do movimento que selou a chapa do contador Enézio Mariano para disputada da direção da União Cacerense de Associações de Moradores (UCAM), que ocorrerá no mês que vem. Um dos integrantes da chapa, revelou a Coluna, que Enézio não deve ter concorrentes e acabou deixando escapar que a nova gestão da UCAM, propôs ajudar a administração de Francis em troca de três coordenações na prefeitura.
 
Convulsão
 
Na Coluna anterior eu noticiei a volta dos Henry e a ida da ex-primeira dama, Andrea Carla para o gabinete do deputado doutor Leonardo (PDT) na Assembleia Legislativa. O assunto caiu como um meteoro entre os cabos eleitorais do ‘Leo’ que vão ter uma convulsão se cristalizar uma articulação para que o ex-prefeito Ricardo Henry substitua o ex-vereador Celio Silva na coordenação política do deputado cacerense.
 
Por quê?
 
Em função da conversa toda em torno da consolidação da Zona de Processamento de Mato Groso (ZPE), com sede em Cáceres, achei uma resposta simples para justificar para um cliente por que tenho duvidas da capacidade do governo do mini Collor em efetivá-la. ‘Se o Estado não está conseguindo repassar R$ 2 milhões mensais ao Hospital São Luiz, como vai arrumar R$ 15 milhões para estruturar a ZPE?’.  Imprimir