A partir de hoje entra em vigor o novo salário mínimo brasileiro, com valor de R$ 788,06, o que representa alta de 8,8% em relação à remuneração mínima do ano passado.
O novo mínimo segue a fórmula de compensação da inflação média do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior ao reajuste e o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Contudo, o acréscimo de R$ 64 em relação ao salário do ano passado não agradou tanto os trabalhadores.
"Pelo ritmo que os preços aumentaram este ano, principalmente nos alimentos, eu pensei que o salário ia ficar em R$ 800, no mínimo. O brasileiro trabalha muito e recebe pouco. O nosso salário ainda não dá para pagar todas as contas sossegado.
Hoje, quem consegue sustentar uma família só com o mínimo é um herói", conta o mecânico Raimundo da Silva. De acordo com o Governo Federal, devido à política de valorização do salário mínimo superando as taxas médias de inflação, nos últimos 12 anos, o salário teve o poder de compra aumentado em 70%, com valorização de 220% em relação à remuneração paga desde 2002 até o ano passado.
Entretanto, estudos apontam que, mesmo com os ganhos anuais, a remuneração paga aos trabalhadores brasileiros ainda está distante do valor apontado como ideal. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para que se pudesse suprir todas as necessidades humanas de alimentação, moradia, transporte, educação, saúde e lazer, afirmadas como direitos na Constituição Federal Brasileira (CFB), o salário mínimo nacional deveria ser de R$ 2.824,92.
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