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20/08/2009 - 00:00

Criança de 6 anos de Pontes e Lacerda morre em Cáceres com suspeita de gripe suína

Clarice Navarro Diório Uma menina de 6 anos de idade morreu na manhã do último sábado, no aeroporto de Cáceres, quando estava prestes a ser embarcada em uma aeronave que a levaria para Cuiabá. A causa da morte pode ter sido a gripe suína. A.B.O.G era natural de Pontes e Lacerda, adoeceu no último dia 13 e foi internada no Hospital São Lucas, naquele município (420 quilômetros a oeste da capital). Mesmo medicada com antibióticos, não houve melhora, e ela foi transferida no dia seguinte para Cáceres, internada no Hospital São Luiz. Segundo informações do hospital, ela deu entrada às 17h30 da sexta-feira. Com o agravamento do quadro, houve a decisão da transferência para Cuiabá na manhã de sábado, o que acabou não acontecendo devido ao óbito. A criança apresentava um quadro de febre alta e insuficiência respiratória, sintomas característicos da ação do vírus influenza H1N1. Em Cáceres, o pneumologista Rodrigo Peres, que cuidou da paciente, não descarta, além da gripe suína, a dengue hemorrágica como outra hipótese, diante do quadro de tosse com sangramento. No atestado de óbito a causa especificada é síndrome aguda respiratória devido à pneumonia. Mas no caso dessa paciente, a dúvida vai permanecer, porque não foi colhido nenhum tipo de material para exame, segundo o hospital, devido a problemas técnicos para armazenamento e transporte. O Estado investiga, em Sorriso, aquela que seria a primeira morte por H1N1 no Estado, ainda não confirmada. Um decreto suspendeu grandes eventos na cidade por 30 dias, para evitar aglomerações. ESTRUTURA A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital São Luiz esclareceu que o único cilindro de nitrogênio disponível no município para armazenar e conservar amostras de tecidos pertence ao Escritório Regional de Saúde, mas está quebrado. Afirmou ainda que o laboratório de referência do Estado, o MT Laboratório, não funciona nos finais de semana, e que, por isso, a coleta de amostra foi prejudicada. A comissão teria também mantido contato com a equipe do hospital São Lucas, de Pontes e Lacerda, onde a paciente foi internada, antes de ser transferida para Cáceres, para levantar o histórico da paciente, mas não obteve êxito. O hospital de Pontes e Lacerda teria respondido que, caso fosse notificada alguma coisa relacionada à gripe suína, se instalaria o pânico na cidade, se limitando a informar a data de internação da criança naquela unidade hospitalar e o quadro apresentado durante a permanência da paciente no local. Imprimir