Pedro Henry se propõe a resolver problemas do PAC de Cuiabá junto ao Ministério das Cidades
Marcos Lemos
Da Redação
O sobrepreço (superfaturamento) do PAC Cuiabá no valor de R$ 15,4 milhões trouxe de volta um personagem político que há muito andava meio sumido do público. Trata-se do deputado federal, Pedro Henry, um dos caciques do PP no estado e aliado de primeira hora do governador Blairo Maggi (PP).
Apesar de ter sua base na região de Cáceres, o parlamentar sempre demonstrou nos bastidores especial interesse pelo PAC de Cuiabá. Ele foi o principal mentor da reunião ocorrida na sexta-feira no gabinete do prefeito Wilson Santos (PSDB), com a presença, entre outros, do procurador geral do município, José Antônio Rosa, do coordenador do PAC, Aparecido Alves, da presidente da Sanecap, Eliane Rondon, e de todos os empresários, além do superintendente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Ivo Dias, e o ex-superintendente Eddy Veggi.
O tema tratado nessa reunião era muito espinhoso: as 11 irregularidades apontadas pela Controladoria Geral União (CGU) e, em especial, a repactuação contratual e recomposição do BDI, detectadas no superfaturamento do Programa. Na prática foi dada a notícia aos empreiteiros que eles vão ter que trabalhar no vermelho, pois, o lucro vai diminuir entre 7% e 8%.
No início, o clima era de cortesia, no entanto, foi ficando tenso principalmente quando Wilson Santos deu a notícia aos empresários de que com a repactuação contratual eles perderiam parte do lucro. Para tentar acalmar os ânimos, Pedro Henry entrou em cena e assumiu o compromisso de resolver o problema junto ao Ministério das Cidades, comandado pelo PP.
Se conseguir isso, o parlamentar observou que não terá problema de "acertar" com a CEF, a sucessão estadual de 2010, ficando mais próximo de Wilson.
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