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06/04/2009 - 00:00

Sobe para 50 o número de vítimas de terremoto na Itália

Do UOL Notícias* Em São Paulo Atualizado às 7h33 Ao menos 50 pessoas morreram e dezenas continuam desaparecidas, segundo o ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, em decorrência do terremoto de 6,3 graus na escala Ritcher que atingiu a região central do país. O epicentro do tremor, que ocorreu às 3h32 desta segunda (horário local), 22h32 de domingo (horário de Brasília), foi localizado a 68 quilômetros a oeste da cidade de Pescara e 95 km ao nordeste de Roma. O Instituto de Geofísica dos EUA afirma que a magnitude do tremor foi de 6,3 graus, no entanto, o Instituto Nacional de Geofísica da Itália diz que foi de 5,8 graus. Alguns moradores da cidade de l Aquila, a leste de Roma, na região montanhosa de Abruzzo, fugiram para as ruas na hora do tremor. A região foi a mais atingida pelo terremoto. De acordo com a imprensa local, diversos edifícios do centro histórico foram danificados e algumas residências desmoronaram, deixando dezenas de feridos e milhares de desabrigados. "A situação é muito grave, porque o abalo afetou edifícios", disse Luca Spoletini, porta-voz do Departamento de Proteção Civil Nacional. Imagens de televisão mostraram as equipes de resgate socorrendo vítimas entre os escombros, muitas delas sangrando, que aguardavam para serem transferidas para os hospitais da região. Segundo a agência de notícias, ANSA, entre as vítimas na cidade de l Aquila, estariam quatro crianças que foram atingidas no desmoronamento de suas casas. A cúpula de uma igreja na cidade desmoronou, além de sérios danos na catedral. O prefeito de l Aquila, Massimo Cialente, em entrevista ao canal de televisão "Sky TG24", informou que há outras duas vítimas na pequena cidade vizinha de Fossa e oito pessoas desaparecidas nas regiões vizinhas. Cialente disse, ainda, que 100 mil pessoas deixaram suas casas por causa dos tremores. Moradores de diversas regiões da Itália, incluindo a capital Roma, que raramente é atingida por terremotos, sentiram o tremor. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, cancelou viagem que faria a Moscou por causa do terremoto em l Aquila para ir até a região atingida. A imprensa italiana diz que Berlusconi decretou estado de emergência, para liberar recursos para reconstrução. "Eu acordei ao ouvir um barulho que parecia uma bomba", disse Angela Palumbo, 87, quando caminhava em uma rua de l Aquila. "Nós conseguimos escapar enquanto as coisas caiam em torno da gente. Não me lembro nunca de ter visto nada assim na minha vida", disse. Escombros espalhados por toda a cidade e nos municípios vizinhos, bloqueam estradas e impedindo equipes de salvamento. Muitos moradores tentam levantar escombros com suas próprias mãos, em uma busca por sobreviventes do terremoto l Aquila é uma cidade medieval, situada num vale rodeado pelos montes Apeninos, e tem cerca de 70.000 habitantes. O último grande terremoto que atingiu a região central da Itália foi um de 5,4 graus, que atingiu a região de Molise em outubro de 2002, matando 28 pessoas, sendo 27 crianças que estavam em uma escola que desabou. *Com informações das agências Reuters, AFP, AP e EFE Imprimir