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03/06/2009 - 00:00

Taisir busca providências para resolver crise da Unemat

Da Redação/TVCA O reitor da Uiversidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Taisir Karim, se reuniu nesta terça-feira (02) em Cuiabá com deputados e representantes do governo estadual para discutir a crise financeira na instituição. Ele apresentou propostas para tentar resolver parte dos problemas até dezembro deste ano. A Comissão de Educação da Assembleia ainda apura se houve crime de responsabilidade por parte do reitor e também supostas irregularidades na administração. Em Sinop (500 quilômetros da capital do Estado), protesto e 2.200 estudantes sem aulas há quinze dias. Ensino comprometido e insatisfação dos alunos da Universidade do Estado de Mato Grosso. "A questão do caledário e da contratação de funcionários, que é o que viabiliza as atividades normais da Universidade, não foram atendidos até agora", disse a acadêmica do campus de Sinop, Graciele Marques dos Santos. "Parece que as coisas não mudaram e que isso não afeta em nada. Isso é inadmissível dentro da instituição", completa o professor, também do campus de Sinop, Roberto Arruda. A situação é parecida em Tangará da Serra (238 quilômetros de Cuiabá), onde o calendário do ano letivo também teve de ser altarado por causa da crise financeira. A medida que não agradou a comunidade universitária. "Por mais que digam que não vai afetar, isso afeta sim o nossa aprendizagem. Disciplinas com elevada carga horária sendo transmitidas sem qualquer pausa, acaba prejudicando", informou a estudante Vanessa Souza, do campus da Unemat em Tangará da Serra. "Disciplinas com 60 horas/aulas ou com 45 horas/aulas, tem sido finalizadas antes do término previsto. Assim que nós estamos conseguindo ministrar o conteúdo no prazo estabelecido", afirma o chefe do departametno de Letras da Unemat em Tangará, Isaías Batista. Depois de tantas reclamações e até pedido de afastamento do reitor Taisir Karim, uma reunião foi realizada em Cuiabá com deputados e representantes do governo estadual, para apresentar um balanço com o orçamento da instituição e algumas propostas de resolução dos problemas. "A administração de nossa Universidade tomou a atitude de fazer alguns ajustes administrativos até por conta da procupação de atender a Lei de responsabilidade fiscal, que é fundamental. Em cima disso, trouxemos ao Estado a nossa preocupação para que nós possamos chegar até dezembro zerando as contas da universidade", disse o reitor. Já quanto a mudança no calendário, que estabele aulas aos sábados e feriados e acrescenta mais dois meses de férias, o reitor afirma que não vai comprometer o rendimento do ensino. "Com certeza, isso não interfere no ensino, até porque nós estamos cumprindo a Lei de responsabilidade da Lei de diretrizes e Bases (LDB). Aquilo que a LDB propões, nós estamos cumprindo rigorosamente. O que mudou, que é bom que se esclareça à população mato-grossense, justamente é que nós estamos trabalhando aos sábados, coisa que não era feito até então", concluiu. Finanças De acordo com o reitor da Unemat, a crise que a Universidade do Estado de Mato Grosso enfrenta se resume em questões financeiras. Mas de acordo com a Assembleia Legislativa, Taisir Karim, não forneceu informações pedidas pelos parlamentares, que deveriam ser apresentadas ainda no ano passado. A Comissão ainda está apurando se há indícios de crime de responsabilidade. "Nós acreditamos que houve por parte da atual administração uma omissão muito grave em prestar informações à Assembleia Legislativa, que tem sido uma parceira da Unemat durante toda sua existência. Isso configura-se, segundo nossa Constituição do Estado, o crime de responsabilidade", afirma o presidente da Comissão de Educação da assembléia Legislativa de Mato Grosso. "Nós recebemos das entidades representativas dos professores e dos estudantes, uma série de denúncias com relação a irregularidades da administração da Universidade, e nós estamos fazendo um estudo, levantando essas inforamções junto aos órgãos competentes, e careditamos que esses elementos podem, inclusive, solicitar a instalação de uma CPI na casa", conclui o deputado. Imprimir