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02/06/2009 - 00:00

Pescadores de Cáceres estão abandonados, dizem dirigentes

Correio Cacerense Na tarde de ontem representantes da Colônia de Pesca Z2 se reuniram no auditório da Câmara Municipal para discutir melhorias para a classe. Com o apoio do vereador Alonso Batista, os pescadores apresentaram cinco pautas principais para ser discutida entre os próprios profissionais e diversos órgãos. O vereador disse que a reunião aconteceu depois de duas solicitações da colônia, e que outras duas reuniões já haviam sido realizadas para discutir os problemas apresentados pelos profissionais. O presidente da Colônia Isaque Alexandre da Silva, disse que não discorda da exigência de os pescadores terem que provar a atividade de pesca, mas não aprova a medida de ter que provar a quantidade de peixes pescado por semana, pois segundo ele há muitos contratempos como chuvas, frio, pescadores doentes e ficando impossibilitados de deslocarem até o rio, entre outros. O tesoureiro e representante da Comissão dos pescadores Charles de Oliveira Duarte disse que os principais problemas enfrentados pela colônia Z2 são: O problema na emissão da carteira de pescador profissional, que desde 2006, que, ou já vem vencida ou com nomes trocados, causando sérias dificuldades para os profissionais; Problemas com a DPI, (exigido pelo SEAPE), uma guia com 20 exemplares por semana e não sendo cumprida essa quantidade o pescador tem a carteira indeferida, com prazo de 15 dias para recorrer e provar os motivos pelos quais não atingiu a quantidade e no caso de doença, deve apresentar atestado medico. O tesoureiro disse que 97% dos 535 pescadores cadastrados na colônia são analfabetos e ficam impossibilitados de preencher a guia por não saber ler; Segundo ele, a fiscalização com os pescadores tem sido muito rígida, pois Cáceres é uma cidade turística, e a fiscalização não deveria ser totalmente voltada para os profissionais; A aposentadoria do pescador tem sido um problema sério. O profissional, batalha no rio, ás vezes volta doente, não consegue cumprir a meta e continua devendo; A emissão da carteira de pescador profissional, é outro problema, pois muitos tem pescado irregular, utilizando a carteira de amador, e quando solicitam a carteira profissional tem o pedido negado sob alegação de já possuir a de amador. “Estamos sendo muito perseguido, e sentindo uma pressão muito grande. Entendemos e respeitamos os serviços de fiscalização, mas a lei está muito rigorosa com os pescadores profissionais,”disse um pescador que não quis se identificar. Segundo o vereador Alonso, foram convidados para a reunião o Juiz Adauto dos Santos Reis, representantes da Policia Militar, Polícia Militar Ambiental, Ministério do Trabalho, Ministério Público, Sematur, Prefeitura Municipal, SEMA, IBAMA, CONDEMA e imprensa local, entre outros. Imprimir