Jornal Oeste

Joelma Pontes RDNEWS Atual vice-reitor da Unemat e candidato à sucessão de Taisir Karim, com quem está rompido com a atual gestão, Elias Renato da Silva, que leciona há 12 anos na instituição , disse que se assumir o cargo quer descentralizar os setores administrativo, político e financeiro e acabar com o sistema de coronelismo, imposto por Karim desde que assumiu a reitoria da Unemat, há 8 anos. “Taisir se transformou no coronel da Unemat”, alfinetou. Outros 2 candidatos disputam a reitoria. Adriano Aparecido Silva e Edna Luzia de Almeida Sampaio. A eleição que definirá quem vai comandar a Unemat pelos próximos 4 anos acontece em 30 de junho. Elias disse que optou pelo rompimento por não concordar com a forma antidemocrática como o reitor vem conduzindo a universidade. “Entrei com ele na expectativa de que melhorias seriam feitas nos campi, o que não ocorreu. Tudo aqui está funcionando na figura do reitor, é ele quem dá a palavra final aqui, passando por cima até mesmo dos nossos conselhos”, acusou. Conforme o candidato, já era tempo de uma renovação na Unemat. Ele acusa Taisir de ser o único culpado pela instituição sofrer tantas críticas nos últimos anos. “As denúncias vieram à tona porque falta transparência na reitoria. Os recursos estão centralizados apenas em Cáceres deixando os outras campi sem qualquer estrutura, além de não existir políticas públicas na qualidade de ensino”, destacou. Segundo Elias, até o conceito da Unemat no Enade caiu de 4 para 2. A média máxima é 5. o professor adiantou que alguns cursos tiveram o conceito 1, que de acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) resulta no cancelamento do curso. “Atualmente, o nosso ensino é considerado de baixa qualidade. A Unemat, que sempre foi respeitada, não tem mais credibilidade”. Elias informou ainda que é o único candidato que não se aliou aos partidos políticos, referindo-se a Adriano Aparecido da Silva, que tem o apoio de Taisir e do deputado federal Pedro Henry (PP), e à professora Edna Luzia de Almeida Sampaio, que é apoiada pelo deputado federal Carlos Abicalil.