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18/06/2010 - 00:00

Sem incentivo, médicos evitam interior

Por Jornal Oeste

Raquel Ferreira Da Redação A falta de condições de trabalho, baixos salários e instabilidade contratual contribuem para o afastamento dos médicos do interior do Estado. O cenário que se repete em todo o Brasil é tema de discussão e apontamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), que aguarda a aprovação e sanção do Projeto de Lei que deve propor uma situação mais atrativa a categoria, bem como criar um Plano de Cargos e Carreiras para os profissionais. Inicialmente, o foco é atenção básica. O presidente do CFM, Roberto D"Ávila, explica que a ideia é oferecer vantagens e benefícios seguindo moldes do que ocorre no judiciário. "Não falta promotores e juízes em nenhum lugar. Por quê? Porque existem vantagens para ocupar as vagas no interior". Ele destaca que o concurso público é a forma mais correta de ingressar no serviço público, com oferta de benefícios, salários dignos e condições de trabalhos. "Existem vários médicos recém-formados que vão para o interior, mas não ficam. Não é isso que queremos. Queremos a estruturação do atendimento". O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Arlan Ferreira, complementa que no âmbito regional a luta é por realização de concursos para a rede pública de modo geral, com destaque para as unidades regionais de atendimento. O médico vê nos hospitais regionais um filão para ofertar serviço de atendimento de qualidade à população, além de interiorização e fixação dos médicos. O fortalecimento do Hospital Universitário Júlio Müller para criação de novas residências é outro apontamento do CRM para assegurar a permanência dos profissionais no Estado. "Existem pesquisas comprovando que o médico termina fixando onde ele realiza a especialização".
 
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