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13/06/2010 - 00:00

Diretor da Fiemt defende consolidação da Hidrivia Paraguai/Paraná

Por Jornal Oeste

Da Redação A precária infraestrutura logística preocupa também o setor industrial de Mato Grosso, que aguarda a conclusão de um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à Consultoria Macrologística, de São Paulo, responsável por fazer uma radiografia dos estados que compõem a Amazônia Legal. O trabalho, denominado “Norte Competitivo”, é semelhante ao que foi feito em Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, com foco no Planejamento Integrado da Infraestrutura logística. “O objetivo do trabalho é definir a infraestrutura necessária para criar um sistema de transporte mais eficiente no escoamento da produção”, explica o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Luiz Garcia. Segundo ele, diretores da Macrologística já estiveram na Fiemt por duas vezes para discutir a elaboração do estudo estratégico que visa também integrar física e economicamente os estados da região amazônica, como Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Roraima e Tocantins, e transformar os eixos integrados de transporte voltados ao mercado interno, à exportação e à importação, em eixos integrados de desenvolvimento. “Além deste projeto, a Fiemt está desenvolvendo uma pesquisa a respeito da logística de Mato Grosso por meio do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), que trata exatamente desse assunto, ou seja, levantar os problemas cruciais de transporte que pesam no escoamento da produção do nosso Estado”, informa Garcia. Ele diz que o setor industrial “sempre teve uma preocupação muito grande com o problema de logística do Estado, pois se tivéssemos uma logística de transporte mais favorável que viabilizasse o escoamento da nossa produção para outros portos, como Santarém, por exemplo, e utilizando meios como ferrovia, hidrovia e rodovia, o nosso poder de competitividade com outros estados seria mais forte devido a redução substancial das despesas com frete”. “Penso que deveríamos focar num primeiro momento nos modais que já estão praticamente resolvidos, como a hidrovia Paraná-Paraguai, utilizada há mais de 300 anos na navegação fluvial, a construção da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, que permitirá a integração amazônica, estendendo-se até Rondônia, e a construção da BR-163 (Cuiabá-Santarém), para que possamos chegar ao porto de Santarém a um custo muito mais baixo do que aos portos de Paranaguá ou Santos e com uma redução de trecho de mais de 1.200 quilômetros”, frisa Garcia. FÓRUM – A Fiemt está organizando o lançamento do II Fórum de Logística de Transportes, a ser realizado no próximo mês de agosto com a presença de um renomado palestrante, visando promover uma ampla discussão sobre a logística de transporte no Estado.
 
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