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12/05/2009 - 00:00

Maggi critica má vontade do Governo de Evo Morales com Mato Grosso

Por Jornal Oeste

Edilson Almeida Redação 24 Horas News Os crimes na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia é um problema de difícil solução. O governador Blairo Maggi disse nesta terça-feira, em entrevista na TV Gazeta, que existe uma má vontade por parte do Governo de Evo Morales na busca de soluções eficientes. A questão não envolve apenas a segurança pública, mas também outros aspectos para a integração econômica da região. Segundo ele, de nada adianta Mato Grosso tomar todas as medidas necessárias para garantir a integralidade do território brasileiro se não existe apoio do outro lado da fronteira, notabilizada, especialmente, pelo tráfico de drogas e negócio ilícitos envolvendo veículos, caminhões e até aeronaves. Maggi queixou-se, sobretudo, da falta de consideração por parte do governo boliviano. Ele lembrou que Mato Grosso contribui diretamente com o desenvolvimento das cidades daquele país, que integram a região de fronteira, com grandes investimentos na área de saúde pública e de infra-estrutura. Mato Grosso arcou com os custos, por exemplo, do asfaltamento até San Matias e fornece energia elétrica para cidades da região. Fora isso, lembrou que o Estado paga pela atenção a saúde de famílias de bolivianos que diariamente chegam a Cáceres em busca de tratamento médico. Mas não há nenhuma contra-partida. Pelo contrário. A vizinha é conturbada. Maggi não escondeu insatisfação com o desfecho do caso envolvendo o corte do gás por um longo período, que abastecia a Usina Termelétrica “Mário Covas”, no Distrito Industrial. O corte no fornecimento do produto, via gasoduto, atrasou o programa de desenvolvimento de substituição da matriz energética do parque industrial da Capital. O governador disse ter tentado convencer o Governo de Morales a dar um tratamento diferenciado a Mato Grosso, mas o caso só foi resolvido via canais diplomáticos. Ele também reclamou também do efeito que a falta de segurança no processo econômico. A expansão do mercado comum na região é dificultado pela ação do narcotráfico, que prolifera no abandono da região. Ele contou que o caminho da integração é salpicado de "pedágios", grupos de homens que cobram pela passagem de veículos que utilizam as estradas até Santa Cruz de la Sierra. A segurança na fronteira, aliás, é um problema também do lado de cá. Por mais que o Estado faça a sua parte, segundo o governador, há falhas. Ele citou como exemplo, os investimentos do Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam. Segundo o governador, se gastou bilhões sem que tivesse qualquer retorno. “O dinheiro se foi” – comentou.
 
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