Jornal Oeste

Laís Costa Marques Da Redação Até 2012 todas as usinas termelétricas movidas a óleo diesel em operação em Mato Grosso serão desativadas pela Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat). A iniciativa visa reduzir os custos na geração de energia, manutenção das unidades e diminuir os impactos ambientais causados pela queima do combustível. Desde 2001, quando processo de inclusão das usinas no Sistema Interligado Nacional (SIN) começou, 38 térmicas foram desativas, 2 encerram as operações em setembro deste ano e entre 2011 e 2012 outras quatro terão as atividades interrompidas. Elas passam a integrar o SIN e utilizar energia proveniente de recursos hídricos. As usinas em processo de desativação este ano estão situadas em Juruena e Contriguaçu, com 5,644 mil unidades consumidoras, sendo 2,9 mil em Juruena e 2,742 mil em Contriguaçu. Após o desligamento das 2 usinas, ficam em operação 4 unidades termelétricas, em Comodoro, Rondolândia, Guariba e Paranorte. A desativação total das térmicas reduzirão de 62,125 milhões de litros de diesel, para 7,4 milhões/l por ano, economia de 88% no consumo de combustível e de 14 mil toneladas de gás carbônico (CO2). Quanto aos custos da energia gerada em térmicas, eles chegam a ser até 4 vezes maior que o valor da energia proveniente das hidrelétricas, que no estado varia entre R$ 120 e R$ 150 por Quilo Watts Hora (KWh). Para o consumidor isso também pode significar economia. Segundo o gerente do departamento de operações técnicas, o cálculo da tarifa cobrada ao consumidor tem uma metodologia específica, mas com a diminuição dos custos das concessionárias, isso reflete para o consumidor. "A cada 5 anos a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisa as tarifas minuciosamente, mas anualmente isso é feito também com base nos custos e nos ganhos de produtividade". O elevado valor gasto com as térmicas é rateado entre todos os brasileiros. A substituição das fontes energéticas inclui processo de instalação das linhas de transmissão. Entre 1997 e 2009, o número de linhas de 138 kV aumentou de 19 para 67 e as linhas de 69 kV passaram de 3 para 10. Ao todo, 77 novas linhas e 4,899 mil km foram instalados no Estado. Somente no processo de interligação do Projeto Avança Araguaia, 16 termelétricas foram desativadas e R$ 350 milhões investidos. Todas elas integram o SIN atualmente e a oferta de energia expandiu em 111%. "Com as regiões interligadas, a distribuição é ampliada e investimentos são atraídos".