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28/05/2010 - 00:00

Indea de Cáceres é acusado de submeter servidores a risco de contaminação por produtos químicos

Por Jornal Oeste

JORNAL EXPRESSÃO A falta de equipamentos de proteção pode estar colocando em risco a vida de funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), policiais responsáveis pela segurança, e até passageiros dos veículos que passam pelo posto de borrifação de produtos químicos para combate a febre aftosa na região da fronteira, localizado na divisa Cáceres/San Matias. Eles estariam manuseando produtos químicos, sem botas de borracha, protetor facial, máscaras e luvas para evitar o contato direto com o pesticida. A denúncia foi feita, na manhã de ontem, por Orlando Pereira do Couto, técnico em segurança do trabalho. Em uma carta encaminhada a redação do jornal, Couto diz que é necessário que o governo do Estado, através da secretaria do Meio Ambiente (Sema), Vigilância Sanitária ou até mesmo o Ministério do Trabalho, busquem uma solução no sentido de oferecer melhores condições de trabalho aos servidores que atuam na lavagem dos carros, com a burrifação, fornecendo Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como os equipamentos acima citados. Durante visita ao posto, Orlando do Couto foi informado ainda que, além do risco de contaminação, os trabalhadores não recebem insalubridade e ou periculosidade, direito a esse benefício por trabalharem em locais insalubres. “O contato direto com esses produtos químicos, sem equipamentos de proteção, podem causar graves complicações de saúde”, adverte o técnico em segurança do trabalho sugerindo a construção de um boxe de vidro para que evitar que o veneno utilizado na lavagem dos veículos se espalhe e contamine os trabalhadores, passageiros e o meio ambiente. O biocida Virkons, usado para combater vírus, bactérias e fungos, utilizado durante o trabalho, conforme o laboratório fabricante é altamente prejudicial a saúde humana. Salienta que o uso sem proteção pode causar irritação à pele e risco de leões oculares graves. Outro lado Por outro lado a gerência do Escritório do Indea, em Cáceres, refuta as denuncias. Diretor do órgão, o sanitarista Adriano Garcia de Araújo, informa que o posto foi construído nos moldes estabelecidos pelo Ministério da Agricultura (MAPA) atendendo a todas as exigências de segurança e conforto. E, que “o pessoal que trabalha no local são devidamente treinados para executar o serviço”. Salienta ainda que “além disso o produto utilizado na borrifação não tem nenhuma toxidade já que combate apenas vírus e bactérias”. E, ainda assim, segundo ele “o Indea oferece todo equipamento de proteção individual. Porém, admite que um ou outro funcionário pode estar descumprindo a orientação de segurança estabelecida pelo instituto”.
 
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